Presidente da CNIS reuniu-se com o ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, e mostra-se optimista quanto ao futuro A “via do diálogo” foi a forma encontrada entre o Pe. Lino Maia, presidente da CNIS, e o ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, para “minorar os estragos em relação à questão do ATL” – afirmou à Agência ECCLESIA, o Pe. Lino Maia. Após a reunião de 19 de Novembro com o ministro do Trabalho e da Solidariedade, o presidente da CNIS ficou mais “optimista em relação ao futuro dos ATL’s”. E acrescenta: “sempre encontrámos vontade de cooperar no ministério do Trabalho e da Solidariedade”. O encontro foi “positivo” porque “ressaltaram algumas propostas no sentido de evitar o encerramento do ATL”. E coloca mesmo a hipótese de num futuro próximo o ATL poder prestar outros serviços. Actualmente, existem cerca de 1200 instituições com ATL, mas o grande número são IPSS filiadas na CNIS. Com as dificuldades criadas pelo Ministério da Educação, o Pe. Lino Maia realça que “já fecharam mais de 50 ATL’s”. Como algumas instituições tinham apenas esta vertente, significa que “algumas delas ficaram inactivas”. Com o encerramento de algumas IPSS “foram para o desemprego muitas pessoas”. “Se não existisse este diálogo corríamos o perigo de fecharem mais”. Questionado pela Agência ECCLESIA se não existe excesso de diálogo para resolver esta questão que se arrasta há mais de um ano, o Pe. Lino Maia frisou que nos tempos anteriores “não houve muito diálogo”. Quando o Ministério da Educação (ME) implementa o prolongamento dos horários escolares “não houve o devido cuidado de ver quem já tinha as devidas respostas”. E lamenta: “nessa altura não houve diálogo”. Aquando dessa directiva do ME, “era perfeitamente possível integrar o sector solidário nessa resposta pública do prolongamento do horário escolar” e “reconhecer-se o direito de escolha dos pais”. Eram possibilidades, mas “não aconteceram”. O processo começou mal e as instituições “não gostam de ser confrontadas com factos consumados” – sublinha o presidente da CNIS. Não aceitaram “com bons olhos”, a conversão “do ATL em creches”. Depois do encontro com Vieira da Silva, o Pe. Lino Maia está “mais optimista” em relação às soluções futuras.