Ataques à Igreja da Venezuela querem desviar atenção do plano totalitarista

O Bispo Emérito de Los Teques, D. Ovidio Pérez Morales, denunciou que a campanha do governo contra a Igreja é “pretende ocultar algo que sim é grave e que é uma regressão da Constituição para modelos de tipos totalitários”. O também Presidente do Concílio Plenário da Venezuela – CPV – assegurou que as reformas “transcendentais” à Constituição, que o governo impulsiona, contêm mudanças na propriedade privada, no sistema educativo, na instituição militar e no estabelecimento da reeleição indefinida presidencial, que o Presidente Hugo Chávez apresenta como um “socialismo cristão”. “É uma manipulação, porque quem conhece um pouco de marxismo, identifica qual é a marcha do processo pelos alinhamentos ideológicos, geopolíticos, pelas declarações oficiais e pela filosofia que tentam incutir”, advertiu o Bispo e destacou que o cristianismo permite construir uma sociedade nova “que seja casa comum para todos, de convivência pacífica, de justiça, de solidariedade, mas não o estabelecimento de um regime totalitário”. “Quer-se mudar uma Constituição que é boa e é capaz de promover o desenvolvimento do país em justiça e liberdade”, indicou D. Pérez. O subsecretário da Conferência Episcopal Venezuelana, Pe. Aldo Fonti, chamou a atenção para o diálogo e afirmou-se disponível para “mais no diálogo mediático” pois “o caminho será sentar e conversar, discutir, mostrando um respeito mútuo e confiar no outro sabendo que todos procuramos o melhor para nosso país”. Com respeito às agressões do Presidente Hugo Chávez, que chamou “fariseus hipócritas” e traiçoeiros que “apunhalam Cristo pelas costas” aos bispos, o presbítero indicou que “estes ataques não ofendem tanto aos bispos, mas sim o povo da Igreja, o povo católico”.

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