Com a série de escândalos que “têm abalado o país, sobretudo os que se referem a ofensas graves e extremamente dolorosas exercidas sobre crianças com percursos de vida já de si bastante traumatizantes” a Associação Famílias julga que “o que tem vindo a ser mediatizado não será mais do que uma porta pequenina de um «iceberg» de negligências, abandonos e violências exercidas intra e extra familiarmente sobre as crianças” – salienta uma nota da Associação Famílias a propósito do Dia Mundial da Criança, que se celebra dia 1 de Junho. Apesar da preocupação existente sobre os factos referidos, a Associação Famílias destaca também algumas agressões aos direitos fundamentais das crianças. E cita: “um crescente e significativo número de crianças a quem é negado o direito a nascer e crescer numa família que tenha como referentes Mãe e Pai, mães e pais que o sejam para sempre” e “a falta de projectos educativos estruturados em valores essenciais e naturais respeitadores de desenvolvimento harmonioso de todas as crianças”. Perante estes dados urge, salienta a nota, “alertar os pais para a necessidade de se consciencializarem para o facto de serem «os primeiros, principais e insubstituíveis”. Aos decisores políticos, a Associação Famílias apela para que “ousem apoiar e promover a família, célula básica da sociedade, meio natural para o crescimento e desenvolvimento das crianças”. Às crianças que são vítimas de todo o tipo de negligências “queremos dizer-lhes que estamos com elas e que podem acreditar que não nos calaremos face às agressões de que são vítimas” – conclui.
