Assembleia da República: CDS-PP apresentou voto que condena «perseguição, intolerância e violência» contra cristãos

Lisboa, 23 jan 2019 (Ecclesia) – O Grupo Parlamentar do CDS-PP apresentou um “voto de condenação e pesar” pela “perseguição, intolerância e violência contra Cristãos” na Assembleia da República Portuguesa (AR).

O primeiro número do voto de condenação e pesar N.º 711/XIII/4.ª lembra “todas vítimas que perderam a vida em razão da sua crença”, por ataques extremistas violentos, “expressando a sua solidariedade para com estas comunidades de vários países”.

No documento enviado hoje à Agência ECCLESIA, pretende-se que os deputados portugueses condenem o “agravamento dos atos de violência religiosa” cometidos contra as comunidades cristãs, e “todas as formas de violência, perseguição, discriminação e intolerância” fundados nas convicções religiosas.

“A evolução dramática dos atos de violência religiosa e a sua ampliação geográfica não pode deixar de nos inquietar”, realça o voto apresentado pelo Grupo Parlamentar do CDS-PP.

O Parlamento português, desde 2016, expressa “a sua profunda preocupação” com o aumento da perseguição e violência contra minorias religiosas e étnicas em todo o mundo, e em particular, “nos países do Médio Oriente e do continente africano”.

O voto de condenação e pesar informa que os cristãos são, “pelo sexto ano consecutivo, uma das confissões religiosas mais massacradas”, em termos comparados, e não esquece a perseguição à minoria muçulmana rohingya, que já mereceu, “por mais do que uma vez, o repúdio e condenação” dos parlamentares.

O Grupo Parlamentar do CDS-PP contextualiza que “mais de 4300 cristãos foram assassinados em razão da sua crença”, em 2018, segundo várias organizações não-governamentais, e que representa um aumento em relação “aos 3060 assassinatos registados em 2017”.

“O Ocidente não pode permanecer indiferente ao flagelo que atinge as comunidades cristãs. Esta indiferença fragiliza um dos relevantes traços diferenciadores da civilização ocidental, a liberdade religiosa, consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, desenvolve.

A 11 de abril de 2018, a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, da AR, recebeu a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre para debater a “perseguição aos cristãos no mundo”; a fundação pontifícia é responsável pelo Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo.

Em maio de 2015, deputados portugueses na Assembleia da República criaram o ‘Grupo informal de Solidariedade para com os Cristãos Perseguidos no Mundo’ com o objetivo de “denunciar casos de perseguição”.

O Grupo Parlamentar do CDS-PP lembra que desde 2010, que “avisos sistemáticos” alertam para um “extermínio das comunidades cristãs” no Médio Oriente e o “desaparecimento de parte significativa do seu património religioso”.

CB

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Agência ECCLESIA

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