Assassinato de três cristãos na Turquia provoca onda de medo

Um bispo católico da Turquia confessou o medo dos cristãos neste país depois de na passada quarta-feira terem sido assassinados três membros da Igreja presbiteriana. D. Luigi Padovese, vigário apostólico da Anatólia, reconhece que “estamos verdadeiramente tristes, porque vemos que situações desse tipo provocam um sentimento de incerteza e de perplexidade sobre nossa presença aqui na Turquia”. “Não queremos ir, mas estes acontecimentos dão a entender que dentro deste país, que é fundamentalmente são, há loucos que não aceitam nossa presença”, acrescenta o bispo, em declarações ontem à «Rádio Vaticano», afirmando também que tanto ele como a paróquia têm guardas “dia e noite”. Os três cristãos, dois turcos e um alemão, dependentes da casa editorial «Zirve», que publica Bíblias, foram assassinados barbaramente na cidade oriental de Malatya. Recordando o assassinato do sacerdote católico Andrea Santoro, em Fevereiro de 2006, o bispo insiste que “a população turca é fundamentalmente sadia. Infelizmente, são actos realizados por alguns fanáticos islâmicos e nacionalistas”, que com o aproximar das eleições presidenciais “são actos que procuram destabilizar”. A edição italiana do Observatório Romano explica que “fazer proselitismo na Turquia não é ilegal, como acontece em alguns países onde está vigente a lei islâmica. Contudo, o testemunho de credos diferentes ao islâmico continua a ser perigoso”. “Na Turquia, não só estão grupos fundamentalistas islâmicos activos que organizam ataques homicidas por este motivo, mas também a imprensa turca, e inclusive as instituições, acusam quem faz proselitismo de ser ‘inimigo da Turquia’”.

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