Porta-voz do Vaticano apresentou programa da visita apostólica
Cidade do Vaticano, 07 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa vai levar preocupações ecológicas ao Sri Lanka e às Filipinas, na sua próxima viagem internacional, durante a qual se vai encontrar com as vítimas do “desastre imenso” que atingiu este último país.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, apresentou hoje em conferência de imprensa esta visita apostólica à Ásia, a sétima viagem internacional no atual pontificado.
Francisco vai estar no Sri Lanka e nas Filipinas entre os dias 13 e 19 destes mês, percorrendo no total 23 mil quilómetros entre a sua partida e o regresso a Roma.
A 17 de janeiro, o Papa vai visitar Tacloban, conhecida como “zona zero” do Hayan, formado por ventos que chegaram a atingir 315 quilómetros por hora, para almoçar com sobreviventes do tufão.
Além de ter causado milhares de mortos, o desastre natural espalhou arrasou mais de um milhão de casas e deixou perto de cinco milhões de pessoas desalojadas.
Além do tufão nas Filipinas, Francisco deve lembrar as consequências do tsunami de 2004, que atingiu o Sri Lanka, entre outros países.
O porta-voz do Vaticano referiu, neste contexto, que a próxima encíclica do Papa, sobre o meio ambiente, ainda precisa de “tempo” antes de ser publicada, o que deverá acontecer “antes do verão”.
Francisco será o terceiro Papa a visitar as Filipinas (Paulo VI em 1970 e João Paulo II em 1981 e 1995) e o Sri Lanka (Paulo VI em 1970 e João Paulo II em 1995).
O padre Federico Lombardi destacou o simbolismo da primeira passagem de um Papa pela região predominantemente tâmil, no Sri Lanka, onde Francisco vai rezar no Santuário de Nossa Senhora do Rosário, em Madhu, para assinalar a “reconciliação” no país.
A viagem aos países asiáticos começa em Colombo, capital do Sri Lanka, com os primeiros encontros dedicados aos bispos locais, autoridades políticas e líderes de outras religiões.
O programa prevê 11 intervenções públicas, entre discursos e homilias.
No dia 14 de janeiro, Francisco vai presidir à cerimónia de canonização do padre José Vaz, nascido em Goa, então território português, a 21 de abril de 1651.
O sacerdote foi missionário no Sri Lanka, onde morreu a 16 de janeiro de 1711 após ter traduzido o Evangelho para as línguas tâmil e o cingalês; a sua proclamação como santo contou a aprovação da Congregação para as Causas dos Santos, sem exigir um novo milagre, 20 anos depois da sua beatificação, por São João Paulo II.
O programa oficial nas Filipinas, um dos países asiático de maioria católica (o outro é Timor-Leste), começa a 16 de janeiro, incluindo encontros com as autoridades filipinas, bispos e religiosos e com as famílias católicas.
A viagem conclui-se em Manila, após encontros com líderes religiosos, os jovens e uma Missa no ‘Rizal Park’, no domingo, dia 18, onde se esperam milhões de pessoas.
A cerimónia de despedida está marcada para a manhã de 19 de janeiro, estando a chegada a Roma prevista para as 17h40 (menos uma em Lisboa).
OC