Ásia: Coligação Jubileu pede fim da divida externa das Filipinas ao Banco Mundial

Manila, 12 nov 2014 (Ecclesia) – A Coligação Jubileu apresentou uma petição ao Banco Mundial que pede a redução da dívida externa das Filipinas para que esse valor seja aplicado na reconstrução dos prejuízos causados pelo tufão Haiyan.

“Sem enfrentar a questão da dívida externa das Filipinas é difícil reconstruir e preparar-se adequadamente para os desastres futuros”, escreveu Eric LeCompte, diretor executivo da Coligação Jubileu que promove a campanha que pede o fim da dívida externa, numa nota enviada à Agência Fides.

A coligação é formada por entidades religiosas, grupos ambientalistas e organizações de direitos humanos.

A agência de informação do Vaticano revela que as Filipinas estão a financiar a recuperação económica principalmente através de novos empréstimos, “inclusive dois bilhões de dólares do Banco Mundial e do Banco Asiático de desenvolvimento”.

Para pagar os juros da dívida o Estado filipino “gasta mais do que o previsto” para áreas como “saúde e educação”, ou seja cerca de 15 a 20% de seu orçamento anual.

Depois da passagem do tufão Hayan, em novembro de 2013, as Filipinas receberam cerca de “850 milhões de dólares em ajudas de solidariedade” mas canalizaram “mais de seis bilhões de dólares para abater a quota de sua dívida externa e seus juros”, revela a agência.

Segundo a Fides, uma parte da dívida “nasceu com o regime do ditador Ferdinando Marcos que, em vinte anos de poder, estima-se que subtraiu entre cinco e 10 bilhões de dólares”.

O tufão Hayan, formado por ventos que chegaram a atingir 315 quilómetros por hora, além de ter causado quatro mil mortos espalhou a destruição por quase todo o arquipélago filipino.

Ao todo, arrasou mais de um milhão de casas e deixou perto de cinco milhões de pessoas desalojadas.

Fides/CB

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