O padre João Torres descobriu em África como ser cristão e diz que hoje é padre porque no continente africano conheceu Jesus. Sacerdote há 20 anos, era seminarista quando foi desafiado a entrar no mundo das prisões, um local onde diz, consegue sossegar e ser quem é.
«Homens grandes, cheios de tatuagens», incapazes de chorar em frente a colegas, choram em frente a um padre, com rostos «trespassados pela tristeza», e voltam a ser «crianças na noite de Natal». É junto destes homens que o padre João indica ser preciso estar, com tempo, para lhes mostrar que aquela é uma fase das suas vidas e que a reinserção, que concretiza em Priscos, é possível.
Padre na diocese de Braga não consegue calar as injustiças que vê, sonha com um centro de espiritualidade onde as perguntas tenham lugar, mais do que as respostas e os «discursos tagarela» de quem «diz coisas que nunca viveu».