Foi na livraria «Fundamentos», que Rui Vasconcelos abriu efechou em Braga, que conheceu a poesia de José Augusto Mourão. O frade dominicano já tinha falecido, mas a sua poesia falava, apontava a uma experiência comunitária e percurso orante, que fez o teólogo permanecer e voltar a ele, anos depois.
Se os estudos teológicos, no início, apontavam a uma vida missionária, desfeitas as dúvidas, Rui Vasconcelos tornou-se um investigador, desafiado a perseguir as palavras para chegar ao «mistério de Deus» e ao seu próprio, fazendo do caminho de Abraão o seu.
Se os estudos teológicos, no início, apontavam a uma vida missionária, desfeitas as dúvidas, Rui Vasconcelos tornou-se um investigador, desafiado a perseguir as palavras para chegar ao «mistério de Deus» e ao seu próprio, fazendo do caminho de Abraão o seu.
Os poemas de José Augusto Mourão, depois de mergulhar no seu percurso, na sua biografia, nos seus combates contra a instalação, a imitação, e a escolha de permanecer «na soleira», tornaram-se num «caroço de azeitona» que permanece, se descobre e cujo sabor ressoa nos gestos e no sonho de uma Igreja que dê sentido a cada palavra, que cada comunidade seja as pessoas que a compõem e que a liturgia seja um corpo a cada celebração.