Em Portugal temos o menor grau de financiamento O panorama das Escolas Católicas na Europa é uma “realidade diversificada consoante a política dos governos relativamente à permissão ou não da Liberdade da Educação” – disse à Agência ECCLESIA Albertino Silva, do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), que participou, de 15 a 17 deste mês, na Hungria, na Assembleia Europeia de Escolas Católicas. No país anfitrião – refere Albertino Silva – “as Escolas Católicas são financiadas a 100%” mas “a liberdade fica tolhida”. Quando estas dependem 100% do Estado, a Igreja “fica limitada e sem capacidade de decisão”. Em Portugal – realça Albertino Silva – “deve haver um financiamento do Estado mas nunca a 100%”. Ao existir uma comparticipação financeira dos pais “há uma liberdade de acção e definição de projectos educativos”. Caso contrário “serão impostos pela tutela que os financia” – sublinha. Como membro da assembleia, Albertino Silva reparou, em relação aos outros países presentes, que “nós somos aqueles com menor grau de financiamento”. Apenas “existem alguns contratos de associação”. O desejável passa pelo “financiamento parcial” de forma a que os pais “não fossem duplamente penalizados” – verificou este membro do SNEC. Todavia – realça – quando há um financiamento próximo dos 100 % o Estado tem tendência a interferir em toda a organização da Escola católica”. E anota: “a especificidade pode perder-se”. Em relação à Espanha, Albertino Silva sublinha que o financiamento tem “sido praticamente de 100%”. A independência estava assegurada mas “parece que o novo Governo está a colocá-la em causa”. Uma consequência do secularismo europeu porque “não há uma sã cooperação entre o Estado e Igreja”.
