As sombras e luzes da família contemporânea Durante a celebração dos 10 anos do Ano Internacional da Família as actividades multiplicam-se de Norte a Sul do país. Esta manhã, Margarida Neto, Coordenadora Nacional para os Assuntos da Família, esteve na conferência Internacional sobre “A Família Contemporânea: exigências e desafios”. Uma actividade realizada em Évora onde abordou, partindo do Relatório da ONU, “os indicadores complicados em relação à vida da família: divórcio, monoparentalidade e a baixa da natalidade”. Pontos citados também na última carta pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) sobre «A Família, esperança da Igreja e do mundo». Num tempo de “crise de civilização” e mesmo que muitas famílias “não estejam em crise, a cultura contemporânea provocou uma crise da instituição familiar” – refere a nota. No capítulo II do referido documento – Luzes e Sombras da Família na sociedade contemporânea -, os bispos falam das dificuldades resultantes da cultura ambiente; das dificuldades resultantes das estruturas sociais; das fragilidades internas à própria família e as famílias em situações especiais. Margarida Neto sublinha que foi conseguido “uma grande expectativa sobre a vida da família – relação conjugal e na educação dos filhos”. Se o objectivo está situado, o grande desafio das famílias contemporânea passa “pela ultrapassagem que a vulnerabilidade que a família comporta”. E acentua: “parece uma contradição”. O sonho da felicidade existe mas, em parte, “o desenvolvimento económico e a forma como vivemos afasta-nos do tempo de estarmos uns com os outros” – realça Margarida Neto. A descoberta da individualidade “conduziu ao individualismo” – menciona a carta dos bispos e que merece a concordância de Margarida Neto. Para alterar estas sombras familiares, a coordenadora nacional dos Assuntos da Família referiu que os «100 compromissos para uma Política de Família» pretendem ajudar a família a ser mais família.
