As contradições da Eutanásia

O adiamento do debate sobre a «Despenalização da eutanásia activa», pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa servirá “para uma maior reflexão sobre o assunto, pois trata-se de um problema humano que não tem cor política ou religiosa” – realçou o Pe. Vítor Feytor Pinto, coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, ao Jornal da Madeira. E acentua: “É uma brutal contradição, porque todas as Constituições dizem que a vida é inviolável. Porém, quando a vida se torna incómoda, pretendemos elimina-la; é o que se passa no início e no fim da vida. Quando se fala em eutanásia, em última análise, o que está em questão é eliminar uma vida que se tornou incómoda”. A questão da eutanásia, ainda segundo o Pe. Feytor Pinto, passa “pela qualidade de vida que se deve proporcionar às pessoas em fase terminal. Por isso, digo que a alternativa à eutanásia é uma vida com a qualidade possível. Uma situação que implica três coisas: a re-socialização da fase terminal; a medicina de acompanhamento, ou de compaixão; e ainda o alívio do sofrimento, ou clínica da dor”. Em declarações à Agência ECCLESIA Daniel Serrão deixa um conselho: “penso que a Igreja Católica deveria ter assumido uma posição pública para chamar a atenção das pessoas e obrigar a que estas se manifestem”.

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