Arte sintetiza Evangelho e Cultura

O Papa prestou ontem a sua homenagem aos Museus do Vaticano, que este ano assinalam 500 anos de fundação, afirmando que os mesmos representam “uma síntese entre Evangelho e Cultura, Arte e Fé, Divino e Humano”. Ao receber no Vaticano os dirigentes e empregados dos Museus, Bento XVI fez referência ao número de visitantes que este ano já passaram por estes espaços, mais de 4 milhões, para frisar que “muitos deles não são católicos, nem cristãos, talvez mesmo nem sejam crentes”. Lembrando que a origem dos Museus está numa obra “que podemos qualificar como pagã”, as estátuas de Laocoonte, o Papa defendeu que a lógica do Museu é a de ser “um todo unitário na complexa articulação das suas secções, mesmo que sejam diferentes entre si”. Os Museus do Vaticano mostram, por outro lado, que “a grande civilização clássica e a judeo-cristã não estão em oposição uma com a outra, mas convergem no único plano de Deus”. Os Museus vaticanos nasceram com uma pequena colecção privada de esculturas pertencentes a Júlio II (Papa de 1503 a 1513), situada no chamado “Pátio das Estátuas do Belbedere”, hoje “Pátio Octogonal”. Os Museus, 12 ao todo, ocupam no conjunto uma área de cerca de 40 mil metros quadrados e recebem todos os anos perto de três milhões de visitantes. Na sua forma actual, os Museus Vaticanos são um conjunto de monumentos, galerias e palácios pontifícios que começaram a ser construídos durante o século XVIII, nos pontificados de Clemente XIV e Pio VI.

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