Arte Sacra: Resplendor do Senhor Santo Cristo dos Açores exposto em Lisboa

Lisboa, 25 set 2014 (Ecclesia) – O Resplendor do Senhor Santo Cristo está entre as cinco obras mais importantes da ourivesaria religiosa portuguesa do século XVIII e faz parte da exposição ‘Splendor et Gloria’ patente no Museu Nacional de Arte Antiga.

“Esta exposição faria inveja a qualquer museu do mundo, uma inveja branca (que é boa) e qualquer um a disputaria”, disse o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), António Filipe Pimentel.

‘Splendor et Gloria’ é o nome da exposição que apresenta as cinco obras mais importantes da ourivesaria religiosa portuguesa do século XVII, e foi inaugurada esta quarta-feira no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

O Resplendor do Senhor Santo Cristo que saiu pela primeira vez do Arquipélago dos Açores pode ser apreciado na exposição até ao dia 31 de outubro, quando regressa “ao Convento da Esperança, em Ponta Delgada, conforme está no protocolo assinado entre a Diocese de Angra e o MNAA”, explica o portal ‘Igreja Açores’.

As outras quatro peças da ourivesaria religiosa portuguesa do século XVII podem ser visitadas até ao dia 4 de janeiro de 2015: A Custódia da Bemposta (MNAA); a Custódia da Sé Patriarcal de Lisboa; o Resplendor do Senhor dos Passos da Graça, do Convento da Graça, em Lisboa, e o Hábito Grande das Três Ordens Militares, uma insígnia régia guardada pelo Palácio Nacional da Ajuda, também em Lisboa.

A representar os Açores, o diretor regional da Cultura, Nuno Ribeiro Lopes, assinalou que a presença do Resplendor do Senhor Santo Cristo é “um privilégio quer ao nível da expressão máxima da fé, quer ao nível da valorização do património”.

“É uma exposição pequena, com apenas cinco peças” mas “também acrescentar alguma coisa era macular a harmonia desta linguagem”, considerou António Filipe Pimentel que acrescenta que as obras “iluminam-se entre si e são suficientes para explicar o processo” de conceção e os avanços científicos”.

Por sua o Diretor Geral do Património Cultural destacou a importância científica da exposição e a grandeza destas peças.

“As exposições da sala do teto pintado não são exposições cheias de objetos que percorremos e acabamos muito cansados, sem retermos qualquer ideia. Esta, pelo contrário, é pequena em tamanho mas riquíssima em ideias, um discurso organizado no seu todo com muita coesão”, destacou Nuno Vassalo e Silva.

”As imagens como lugar da interrogação de Deus” é o primeiro texto do catálogo da exposição da autoria do padre poeta José Tolentino de Mendonça.

Também estiveram presentes, na inauguração da exposição, o vigário-geral da Diocese de Angra, padre Hélder Fonseca Mendes, que representou o prelado diocesano, D. António de Sousa Braga, e o diretor da Comissão dos Bens Culturais da Igreja, o padre Duarte Melo.

IA/CB/OC

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