Jornada Nacional da Pastoral da Cultura analisa o tema «Edificar hoje a casa de Deus na cidade terrena»
Fátima, 14 set 2024 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) afirmou na abertura da 18.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura que a renovação da arte religiosa “tem de ter a componente da hospitalidade”.
No início dos trabalhos que debatem o tema “Edificar hoje a casa de Deus na cidade terrena”, José Carlos Seabra Pereira disse que toda a arte é uma “espécie de escrita do eu” e constitui um “apetrechamento” para viver a fé.
“A arte religiosa é um apetrechamento para viver a nossa fé, mas tem de ter a componente da hospitalidade”, sublinhou o diretor do SNPC.
Para Seabra Pereira, a renovação da arte religiosa, nomeadamente a arquitetura, deve cuidar a hospitalidade de cada crente e também a “hospitalidade para os outros”.
“Se a nossa arte religiosa se renovar como apetrechamento para viver e com uma grande arte de hospitalidade, acho que estamos a renovar bem a nossa vida e a vida da Igreja”, acrescentou.
Para o diretor do SNPC, o tema em debate na 18ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura é de uma “atualidade candente” e, tocando áreas de intervenção de outros setores da Conferência Episcopal Portuguesa, nomeadamente o Secretariado dos Bens Culturais, o que importa para o Secretariado Nacional da Cultura é inquirir o “significado dos Bens Culturais”.
“O que importa, do ponto de vista deste secretariado, é inquirirmos o significado do Bens Culturais para a vida da nossa sociedade e para aqueles que, nessa sociedade, se orientam por um humanismo cristão ou professam numa comunidade católica”, afirmou.
Para José Carlos Seabra Pereira é necessário “pensar qual o valor de uso hoje dos bens culturais”, dos “bens simbólicos que são peculiares para cristianismo”.
O diretor do SNPC considera que a “arquitetura oferece um espaço privilegiado para um concerto das artes”, em debate durante a Jornada Nacional da Pastoral da Cultura.
O debate sobre o tema “Edificar hoje a casa de Deus na cidade terrena”, numa “sessão pastoral e não académica”, acontece, durante a manhã, com intervenções do arquiteto Bernardo Pizarro Miranda e do teólogo Joaquim Félix de Carvalho.
Na sessão da tarte, as intervenções são do arquiteto João Luís Marques, do arquiteto e sacerdote jesuíta João Norton de Matos e do historiador de arte Marco Daniel Duarte; depois, Rosário Correia Machado, diretora dos Serviços Culturais do Município de Amarante, faz a conferência final, sobre “A visão de um Mestre (Siza Vieira) e a tradição de arquitetura religiosa em Portugal”.
A 18.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, promovida pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, encerra com a intervenção do presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais,D. Nuno Brás.
PR