Arquidiocese de Braga combate desemprego e cria habitação

Casas de acolhimento temporário e criação de emprego foram medidas apresentadas

A Arquidiocese de Braga quer promover respostas sociais para as pessoas da terceira idade e para os mais carenciados. Habitação e valorização de competências são áreas a investir. Vão ser lançadas algumas obras que visam combater o desemprego e promover a habitação no centro da cidade.

Em frente às instalações da Cáritas Diocesana vai ser recuperado um prédio urbano onde vão nascer três apartamentos que serão disponibilizados como residência temporária a famílias com problemas sociais, a vítimas de violência doméstica ou a pessoas que acompanham familiares internados no hospital.

Um outro edifício terá um espaço de acolhimento aos sem-abrigo, local onde ainda será montada uma «Loja da Solidariedade». Este estabelecimento estará vocacionado para comercializar ao público os mais diversos artigos confeccionados por pessoas em situação de risco social.

D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, apresentou ainda a Casa Alavanca (projecto que resulta da renúncia quaresmal deste ano), um projecto que vai dar uma ajuda aos mais carenciados.

O Arcebispo Primaz deu conta de um lar de idosos a criar no espaço deixado vago pela antiga Casa Sacerdotal. “Este é também o nosso contributo para que o centro da cidade possa ter gente”. Para aquele local está previsto a criação de um lar com 29 quartos (individuais e de casal) para uma lotação inicial de 44 pessoas. O prelado falou que o equipamento estará dotado com espaço de cinema, ginásio, capela, entre outros.

Será ainda construído um edifício com 47 apartamentos T1, com capacidade para 94 utentes. Estas habitações, que serão vendidas a título vitalício, são destinadas a pessoas idosas e funcionarão como sua residência autónoma, sendo que disponibilizará um conjunto de serviços que serão ou não utilizados pelos residentes. À morte do proprietário, a habitação reverte para a posse da arquidiocese.

À Agência ECCLESIA, o Arcebispo de Braga afirmou que procuraram, com estes projectos, “olhar para os problemas de carências existentes na cidade e no acolhimento a pessoas de terceira idade. Algumas, tendo posses económicas, vivem sozinhas e precisam de acompanhamento”.

A cidade, explica o Arcebispo, é caracterizada pela construção civil, mas actualmente debate-se com o desemprego. “Em Braga há imensos empreiteiros que lutam com dificuldade. Muitos já tiveram de procurar trabalho para os seus colaboradores fora de Braga”.

Com este projecto “queremos que as pessoas continuem a trabalhar” e, se possível, “que os empreiteiros contratem pessoas que se encontram desempregadas”.

A criação de emprego irá abranger em especial a área da construção e civil e o acompanhamento a todos os beneficiários das obras sociais.

A Arquidiocese de Braga vai também investir na criação de uma clínica geriátrica. A par da «Domus Fraternitas» que, nasceu em 2000, pelas mãos dos padres Franciscanos e foi assumido pelos Bispos Portugueses como resposta aos cuidados paliativos, se vai juntar uma clínica “orientada para ambulatório e análises numa perspectiva geriátrica”, a explorar por outra entidade, “sob o aval da Arquidiocese, pois a clínica vai funcionar em terrenos do Seminário”, explica D. Jorge Ortiga.

D. Jorge Ortiga dá conta que este é um “sonho antigo” que quer aproveitar espaços da arquidiocese e disponibilizá-los para os mais carenciados”. Um sonho que se torna ainda mais oportuno em altura de crise.

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Agência ECCLESIA

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