Armas: Observatório pede mais empenho para travar proliferação

Organismo alerta para possibilidade de surpresas negativas se «nada de muito bem articulado for feito»

Lisboa, 21 jul 2011 (Ecclesia)  – O Observatório Permanente sobre a Produção, Comércio e a Proliferação de Armas Ligeiras alertou para a necessidade de travar a “proliferação de armas” e a “violência que vai caracterizando a sociedade portuguesa”.

Em comunicado publicado na sua página na Internet, este organismo diz que essa mesma violência pode mesmo “surpreender se nada de muito bem articulado for feito”.

A PSP destruiu esta quarta-feira mais de 2000 armas perdidas a favor do Estado, com as autoridades a garantirem que aumentou o número de armas ilegais apreendidas.

O Relatório Anual de Segurança Interna 2010 registava cerca de 3,2 milhões de munições, número superior em “cerca de 12% ao total das apreensões/entregas de munições realizadas entre 2005 e 2009 (2,9 milhões)”, indica o Observatório Permanente.

Este organismo chama ainda atenção para “uma grande quantidade de armas de fogo apreendidas” e as “16,6 toneladas de explosivos apreendidos ou entregues em 2010”.

“Dada a dimensão demográfica do país e o número de armas na posse dos cidadãos (1,4 milhões de armas legais e até outro tanto de armas ilegais, conforme algumas estimativas) há que reconhecer o número exageradamente elevado de munições que se conseguiu retirar do ‘circuito’, o que poderá dar uma ideia da quantidade que deverá estar ao alcance de quem a não deveria ter”, indica o comunicado.

O observatório permanente sobre a produção, comércio e proliferação das armas ligeiras foi criado em finais de 2004 pela Comissão Nacional Justiça e Paz, organismo de leigos ligado à Conferência Episcopal Portuguesa, prestando particular atenção à proliferação das armas ligeiras, à violência urbana e aos casos de crime organizado.

OC

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