Argentina tem novo beato: Zeferino Namuncurá

A Argentina tem mais um beato. O cardeal Tarcisio Bertone deslocou-se àquele país latino americano para ai, com o povo argentino e indigna celebrar a beatificação de Zeferino Namuncurá. Perante mais de 200 mil pessoas que encheram a localidade de Chimpay, Rio Negro, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, proclamou beato a Zeferino Namuncurá, um índio mapuche e irmão salesiano que morreu aos 19 anos de idade, enquanto se formava para ser missionário. A festa do novo beato será a 26 de Agosto, data de seu nascimento. A cerimónia foi con celebrada pelo Arcebispo de Buenos Aires, Cardeal Jorge Bergoglio, e por meia centena de bispos. Presente esteve também o reitor maior da ordem dos salesianos, Pascal Chávez Villanueva, e o vice-presidente argentino, Daniel Scioli. O Secretário de Estado do Vaticano lembrou que foi a primeira vez que se fez uma beatificação não numa grande cidade, mas “num povoado pequeno”. Na sua homilia, o Cardeal assinalou que esta beatificação “significa recordar e apreciar no mais profundo as antigas tradições do povo mapuche, audaz e invencível”. O Cardeal Bertone destacou que Zeferino nunca esqueceu que era mapuche, e tinha como ideal supremo, “ser útil a seu povo”. O povo mapuche fez-se representar por vários indígenas que vestiam trajes tradicionais. Também Bento XVI, no Angelus de Domingo, não esqueceu a beatificação do jovem índio e deu graças pelo testemunho “extraordinário deste jovem estudante de 19 anos que, animado pela sua devoção à Eucaristia e pelo amor a Cristo, desejava ser salesiano e sacerdote para mostrar o caminho para os seus irmãos mapuches», afirmou o Papa. Zeferino nasceu em 26 de Agosto de 1886, na Patagônia, Argentina. Era filho do cacique (chefe) araucano Manuel Namuncurá. Zeferino foi enviado a uma escola Salesiana em Buenos Aires onde cedo descobriu a sua vocação religiosa. Feito irmão salesiano, desejava converter-se num sacerdote missionário para evangelizar os da sua tribo. Mas uma doença mortal impediu, aos 19 anos de idade, de realizar esse desejo. Veio a falecer na ilha de Tíber, em Roma. O vida virtuosa deste jovem indígena difundiu-se pela região, tendo as conversões dos araucanos aumentado grandemente. A sua causa foi introduzida na Congregação para a Causa dos Santos e em 1972, Zeferino foi nomeado Servo de Deus. Com Zenit e ACI Digital

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