Realiza-se amanhã, no Senado argentino, a votação da lei que permite o casamento a pessoas do mesmo sexo.
De acordo com a Agência ANSA, de um total de 72 legisladores, 34 deverão votar contra a lei, 26 a favor e os outros 12 ainda não decidiram a sua tendência de voto.
Por agora, esta é uma questão que tem dividido opiniões naquele país, sobretudo entre a Igreja e o Governo.
O Arcebispo de Buenos Aires, D. Jorge Bertogoglio, convocou todos os católicos para que se mobilizem contra o projecto. Está marcada para amanhã, dia 14, em frente ao Senado, uma reunião de protesto que envolverá membros de colégios católicos e entidades religiosas.
Por sua vez, a presidente argentina, Cristina Kirchner, comparou a posição da Igreja “à época das cruzadas”. Ontem, durante uma visita à China, manifestou-se ainda surpreendida e preocupada por toda esta situação.
Se esta lei for aprovada, a Argentina será o primeiro país da América do Sul a modificar o seu Código Civil, de modo a reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo. O documento, que já passou na Câmara de Deputados, prevê ainda a possibilidade da adopção.