D. Jaime Pedro Gonçalves alerta para retrocessos na vida política do continente
O Arcebispo da Beira (Moçambique), D. Jaime Pedro Gonçalves, falou esta Segunda-feira ao Sínodo dos Bispos sobre o empenho da Igreja na reconciliação dos povos da África Austral, sobretudo a partir de 1988, quando João Paulo II visitou a região.
“O esforço da Igreja e das outras igrejas e religiões, associado ao esforço dos líderes políticos que procuravam a reconciliação, deu muito bom fruto. A violência cessou e a paz voltou para os povos da região”, indicou.
Este responsável apresentou também o caso de Moçambique em que a Igreja mediou as conversações de reconciliação para pôr fim a uma guerra civil de 16 anos, destacando que hoje “o país está tranquilo”.
Sobre estas e outras iniciativas na África, D. Jaime conclui que as mesmas devem ser “aprofundadas e promovidas” porque “são uma esperança no futuro de paz para a sociedade da África”.
O Arcebispo da Beira defendeu que a Igreja deve formar “reconciliadores e pacificadores para a resolução de conflitos”, considerando que as iniciativas devem ser intensificadas e consolidadas.
Para D. Jaime Pedro Gonçalves, no mundo político da África há “retrocessos, retomadas da violência, restabelecimento de ditaduras e perseguições políticas”.