O Arcebispo maronita do Líbano, D. Paul Matar, condenou o atentado que esta manhã fez quatro mortos numa estrada no subúrbio de Beirute, a poucos quilómetros do palácio do presidente da República. Entre os mortos conta-se o general do Exército libanês François el Hajj, ligado ao candidato favorito à presidência do país. Em declarações à agência católica AsiaNews, D. Matar classificou como “acto criminoso” o atentado bombista e apontou o dedo “aos inimigos do país que continuam a bloquear o reinício do diálogo”. O Líbano atravessa uma grave crise política há mais de um ano, face aos sucessivos adiamentos da eleição, no Parlamento, do sucessor do ex-presidente Émile Lahoud (pró-Síria), cujo mandato terminou a 24 de Novembro. Segundo a tradicional repartição de cargos institucionais no Líbano, o próximo presidente deveria ser um cristão maronita. O Arcebispo de Beirute pediu a todas as partes envolvidas que procurem “facilitar o processo eleitoral, elegendo um novo presidente que seja capaz de travar a onda de violência física e psicológica que está a destruir o Líbano”.