O Cardeal Jaime Lucas Ortega, Arcebispo de Havana, destacou a necessidade de maior liberdade para a Igreja em Cuba e afirmou que o governo cubano “está em luta subtil contra a Igreja, vista como uma instituição privada que tem que ser deixada à margem para que não diminua forças e energias à revolução”. “Sobre as nossas cabeças – afirmou em entrevista o Cardeal – está sempre o Departamento de assuntos religiosos do Comité central do Partido Comunista, um órgão de controle que limita a acção evangelizadora da Igreja. Para o Estado cubano, a Igreja ou é aliada ou é inimiga. Uma visão ideológica que não tem em conta sua autêntica natureza e missão no mundo”. Apesar desta difícil situação, o prelado manifestou que, desde a visita de João Paulo II à ilha em Janeiro de 1998, “a Igreja obteve algum espaço mais a nível social”. Inclusive afirmou que “a nível religioso se deu um crescimento, não espectacular, mas certamente significativo”.
