A visita do Papa João Paulo II a Cuba, em Janeiro de 1998, ficou gravada “na memória do povo cubano, dos povos da América Latina, da Europa, da América do Norte e do mundo inteiro”. Esta memória foi assinalada pelo Cardeal cubano Jaime Ortega, Arcebispo de Havana, num artigo publicado por ocasião das celebrações do 10º aniversário dessa visita, que acrescentou ainda que a passagem de João Paulo II pelo país “foi inesquecível”. O Arcebispo de Havana quis notar que estes acontecimentos não precisam de uma análise sócio-política. Mas o Papa, oriundo de um país comunista, como foi a Polónia, “visitava outro país também comunista”, explicou Ortega. No caso de Cuba, o Cardeal considerou que “o ateísmo oficial nos anos anteriores apagou a memória cristã do povo”. “Muitos queriam rezar, mas não sabiam como, desconheciam as orações tradicionais que os seus pais e avós recitaram”, mas que o Papa “percebeu que havia uma alma cristã”.
