O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, reabriu este Domingo a igreja de Santa Maria de Torre, Amares, após dez meses de obras de conservação e restauro que representaram um investimento de 170 mil euros.
O prelado exortou a comunidade paroquial a fazer da igreja local um “espaço adequado para o encontro e o acolhimento da Palavra”.
D. Jorge Ortiga presidiu à reabertura do templo acompanhado pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. António Couto, pelo pároco, Paulo César Dias, e por outros sacerdotes.
Além dos membros do clero e dos promotores das obras, participaram na festa centenas de paroquianos, representantes da Junta de Freguesia, o presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Amares, assim como o Grupo Coral de Torre e a fanfarra do Agrupamento do CNE de Caires.
Depois do descerramento da uma placa alusiva ao acto, o Arcebispo de Braga abriu simbolicamente a porta do templo e entregou a chave ao pároco de Santa Maria de Torre, ficando ambos a saudar os paroquianos que entravam.
A missa foi presidida por D. António Couto, já que D. Jorge Ortiga tinha outros compromissos pastorais para aquela hora.
Durante a homilia, o Bispo Auxiliar convidou a comunidade paroquial a reencontrar os fundamentos daquela igreja, referindo que “é sempre importante descobrir o chão onde se põe os pés e onde se começa a aprender a andar”.
O prelado desafiou os fiéis a voltarem a ser pequeninos, como as crianças, para poderem ser verdadeiros cristãos: “As crianças têm ternura, simplicidade, verdade”, disse, referindo que é preciso “aprendermos outra vez a ser filhos de Deus de verdade e a sermos irmãos de todos”.
“Esta casa tem de ser a casa da paternidade de Deus, a casa da filialidade dos filhos e da fraternidade dos irmãos”, acrescentou.
Após a celebração da Eucaristia houve um jantar convívio, num restaurante próximo daquela localidade.
A reabertura foi assinalada com um programa cultural que compreendeu uma exposição fotográfica alusiva à obra, visitas guiadas à igreja e um concerto musical na capela-mor.
Os trabalhos executados na igreja consistiram na colocação de soalho novo, pintura de paredes e retábulos, limpeza da pedra, restauro de tectos e cobertura, renovação da instalação eléctrica e iluminação.
Foi ainda instalado um sistema de som moderno e colocado à mostra um túmulo do século XVI, na capela-mor.
Ligado à família dos Pessanhas, uma das mais importantes da região, o sepulcro está agora iluminado e protegido por vidro resistente.
O túmulo inclui uma laje com dimensões consideradas invulgares (1,40 por 2,80 metros), onde é visível uma inscrição com referência ao ano de 1595.
Jorge Oliveira (Diário do Minho) / Agência Ecclesia