Arcebispo de Braga quer Diocese com dinamismo missionário

O Arcebispo Primaz defendeu ontem que a Diocese de Braga deve «demonstrar o dinamismo missionário que é próprio da Igreja, pois a missão não é algo acidental, mas é algo essencial». D. Jorge Ortiga falava na celebração da Palavra que antecedeu o envio de três religiosas da Congregação da Divina Providência e Sagrada Família, que hoje partem para Luanda, Angola. As irmãs Maria Olinda Ribeiro Gaspar, Florinda Maria Rosa e Irene Manuela Costa da Silva são as três primeiras religiosas desta Congregação que vão para uma missão fora do país. Este projecto coincide com a celebração do primeiro centenário do nascimento do fundador, cónego Adão Salgado Vaz de Faria, natural de Joane (Vila Nova de Famalicão). D. Jorge Ortiga explicou que «sendo esta uma Congregação de direito diocesano, este é um acontecimento diocesano». «Para mim, sendo uma alegria, é também uma responsabilidade estar aqui. Estas religiosas são enviadas pela Congregação, mas também pela Arquidiocese », afirmou. Reflectindo sobre o nome da Congregação, D. Jorge Ortiga afirmou que «a Divina Providência está presente em todas as situações, especialmente quando não se espera ou isso parece impossível». «O envio destas três irmãs é um desafio para estarmos atentos ao que Deus quer realizar nas situações mais variadas que a vida nos oferece », declarou. «Nós, Igreja, devemos ser a mão visível desta providência de Deus, que é capaz de dar mão aberta, capaz de dar generosamente», acrescentou. Em relação à Sagrada Família, o Arcebispo Primaz disse que «não há família que dê felicidade autêntica se se fechar numa redoma, se se encerrar nela própria». D. Jorge Ortiga defendeu que a ideia de família tem sempre de ser associada a «comunhão e missão». «É por isso que é necessário partir e arriscar. Somos chamados por Deus a partir, para que os outros possam fazer parte desta família». O prelado bracarense sublinhou a importância da solidariedade destacando que «o mundo não acaba na nossa aldeia, mas é a humanidade inteira». Por isso, o contributo penitencial e a renúncia quaresmal da Arquidiocese têm sempre uma causa diocesana e outra missionária. Por seu turno, a superiora geral da Congregação, irmã Teresa Matos, afirmou que o sonho de expansão do carisma e da espiritualidade de missão legados pelo fundador para terras de além–fronteiras era acalentado há muito. As três religiosas vão estar ao serviço do Centro de Espiritualidade de S. João de Brito, dos Jesuítas, actuando no trabalho pastoral e no apoio logístico. A missão é por tempo indeterminado, existindo o sonho de enviar um novo grupo dentro de dois ou três anos, para trabalhar noutra zona. O apoio à vida e à vocação de todo o ser humano em ambiente de família é o objectivo destas missionárias.

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Agência ECCLESIA

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