Arcebispo de Braga enumera «fantasmas» da sociedade

Incêndios de Verão, desemprego, criminalidade e marginalidade Os incêndios de Verão, desemprego, criminalidade e a marginalidade são os «fantasmas» que, segundo o Arcebispo de Braga, mais têm assustado as pessoas. Na homilia que proferiu, ontem, na igreja de São Gualter, em Guimarães, D. Jorge Ortiga recordou também a necessidade de «uma reevangelização das cidades» «Em termos pastorais teremos de investir imenso nas cidades, reevangelizando-as na linha de uma vivência cristã mais profunda e numa reforma de costumes. Na cidade existem realidades boas e más, que, por vezes, nos assustam e que são autênticos fantasmas», salientou o prelado, enfatizando que «os cristãos devem encarar esses fantasmas e desenvolver os aspectos urbanos positivos, tal como a proximidade, diálogo e o encontro de pessoas». «Em relação aos incêndios é preciso louvar e agradecer a actuação e o esforço dos bombeiros. Porém, não nos podemos resignar a esta catástrofe como qualquer coisa que acontece todos os anos de forma inevitável. É necessário encontrar uma estratégia e as prioridades para terminar com esta calamidade, este fantasma», sustentou o Arcebispo de Braga, que acrescentou ainda «o desemprego, criminalidade e marginalidade» ao rol de problemas sociais a serem resolvidos. Neste sentido, D. Jorge Ortiga exortou os presentes a encontrarem na mensagem de São Gualter, que decorre de São Francisco de Assis, e que passava por descobrir Deus na construção de uma fraternidade universal, as soluções para os malefícios da sociedade. À margem das festividades vimaranenses e a propósito da 33.ª Semana de Migrações, que hoje começa, D. Jorge Ortiga realçou que «é necessário que os portugueses se convençam que já foram um povo que deixou a sua terra à procura de melhores condições de vida. Hoje, ainda continuam a sair muitas pessoas, numa situação que se está a agravar». «Dentro do quadro legal existente, temos de trabalhar pela integração das pessoas nos procuram, apoiando-as e respeitando- as. É preciso ajudá-las a encontrar aquilo o que é indispensável para viver», referiu o prelado ao Diário do Minho, acrescentando que «a Semana das Migrações tem de ter esta dupla vertente: olhar para quem sai e para quem entra no nosso país».

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