Arcebispo de Braga denuncia situações «de morte» na sociedade

O Arcebispo de Braga disse ontem na celebração eucarística, integrada no programa do Encontro Nacional de Trabalhadores da LOC/MTC, que é preciso reconhecer que Cristo «não está vivo em tudo quanto caracteriza a sociedade de hoje». «Há, efectivamente, situações onde o Senhor Jesus Cristo ainda continua na penumbra da morte e era necessário que resplandecesse e surgisse de tal maneira que todos O pudessem ver», disse. Assim, reconhecendo que há sectores da sociedade onde Cristo ainda não experimentou a alegria da ressurreição, o prelado apelou a todos para que sejam instrumentos do Senhor, «não como servos, mas como seus amigos», a quem Ele envia para a construção «desta sociedade». Na sua homilia, D. Jorge Ortiga falou também da “Semana da Vida”, que ontem terminou e que levou a Igreja portuguesa a reflectir sobre a concepção da vida e a morte, porventura, pela eutanásia. «São realidades pelas quais nós teremos que nos comprometer, procurando conhecer a doutrina da Igreja, defendê-la e fazer com que ela penetre nas estruturas da nossa sociedade. A vida como um dom que Deus nos dá, desde o momento da concepção até ao momento da morte», realçou. O Arcebispo de Braga realçou, por outro lado, que é preciso desmentir a existência de duas vidas, isto é, a vida terrena e a vida eterna. Segundo defendeu, é preciso acreditar que a «vida eterna é aquilo que nós fizermos por esta vida terrena, juntando as duas numa única experiência». O prelado considerou também que há quem viva para salvar a alma, esquecendo o corpo. Por isso, salientou, é urgente que sejamos capazes de olhar para o corpo e a alma com o mesmo entusiasmo e empenho. «Não separemos as coisas, sintamo-nos homens e mulheres nesta integridade, que tem uma dimensão material e espiritual», realçou D. Jorge Ortiga.

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