Muitas vezes, as intervenções no Património da Igreja “parecem apressadas, ou pouco criteriosas, ou até de duvidoso gosto. Esquece-se assim o direito, que é também dever, da conservação do património edificado como um acto cultural que a todos diz respeito. Daí surgem obras totalmente desajustadas ao fim/objectivo da iniciativa paroquial, resultando, regra geral, instalações muito condicionadas, quase sempre no limite das respectivas capacidades de utilização, mas, do ponto de vista económico (custo de manutenção e construção), muito exigentes e onerosas” – refere D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, numa Nota sobre os Bens Patrimoniais. Recentemente, o prelado de Braga anunciou a criação de um Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais que pretende “colaborar na inventariação do património arquidiocesano”; “incentivar a colaborar na «legalização» do referido património”; “acompanhar: aconselhar em processos de aquisição ou alienação, em intervenções/construções relacionadas com o património edificado e em processos de novas edificações” e “emitir a aprovação final nos processos sujeitos ao seu estudo/avaliação”. Esta Comissão terá duas secções: “dos imóveis e inventariação dos móveis” e “dos Projectos e Obras” A Igreja, com papel determinante e decisivo na definição e promoção da arte, com larga experiência, deve, com convicção e continuadamente, “reclamar para si, o direito de sempre ter algo a dizer e a acrescentar neste domínio”. Por conseguinte, sob a “divisa do diálogo e num espírito imbuído de bem servir, com a dinâmica construtiva necessária à actual realidade, a Comissão Arquidiocesana para os Bens Patrimoniais será útil e proveitosa, na continuidade da escrita patrimonial de ontem que se tornará a história dos que a vão ler amanhã” – refere D. Jorge Ortiga no documento. Notícias relacionadas •Nota sobre Bens Patrimoniais
