Representantes diocesanos apostam nas sinergias
Pensar a melhor forma da Igreja “aproveitar as sinergias” foi o objectivo central do encontro de reflexão do grupo «Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal» realizado ontem (dia 11 de Janeiro), em Fátima. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), adianta que cada diocese “tem a sua autonomia própria, mas todos ganharão com uma melhor coordenação”.
Dar e receber ajudas é uma forma benéfica para a pastoral de conjunto que ultrapassa as fronteiras de uma diocese, movimento ou congregação. “A unidade parte da diversidade” porque “está enriquecida pela diversidade” – frisou o Pe. Manuel Morujão.
As experiências, os “casos bem sucedidos” e as “pessoas válidas e com capacidades para determinadas vertentes” devem ser aproveitadas. “Assim serve-se melhor o povo de Deus” e, em geral, “a sociedade onde a Igreja está inserida”.
Nomeados pelos bispos diocesanos, os elementos deste grupo partilham experiências. “Não se sentiu nenhum medo dos outros entrarem no meu espaço” – afirmou o secretário da CEP. Há um “sentimento comum” que a “entreajuda é um serviço fundamental” onde todos ganham.
Estes elementos terão um grupo coordenador que servirá de “locomotiva para que todos os vagões possam andar melhor”. Para colocar em prática este diálogo, os representantes farão, em primeiro lugar, uma leitura da realidade. “A Igreja não está para si mesma, mas de serviço ao mundo e à sociedade” – salienta o Pe. Morujão.
A primeira decisão – “partilhada por todos” – aponta para um sentido prático. “Já temos documentos que nos ilustram os caminhos que devemos seguir”. Até à Páscoa realizar-se-á uma segunda reunião onde se programará melhor as directivas a seguir. E conclui: “não são as teorias e os decretos que mudam a realidade”