A educação cristã na família de Fernando Ribeiro Castro é “como a língua materna”. Os 13 filhos quando aprenderam a falar português são educados, em simultâneo, no cristianismo através da prática dos pais. “ Quando os miúdos começam a aprender as primeiras palavras, além de pai e mãe também aprendem Jesus e Maria”. A oração faz parte do quotidiano desta família numerosa visto que “rezamos de manhã, às refeições e à noite” – confidenciou à Agência ECCLESIA Fernando Ribeiro e Castro, presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN). Com 54 anos, o chefe desta família salienta que “não nos limitamos a ir à missa ao Domingo” Com a proximidade de mais uma Semana Nacional da Educação Cristã (1 a 8 de Outubro), nesta família vive-se a “fé desde a nascença”. O mais velho nasceu há 31 anos e o mais novo tem somente quatro anos. Os irmãos servem de ligação e influenciam os mais novos. “Em casa recebem o primeiro testemunho, depois inscrevemo-los na catequese e apelamos para que participem em grupos de jovens” – referiu. Um caminhada longa e formativa e alguns deles passaram mesmo pelo Pré-seminário como uma “catequese mais avançada”. E acentua: “graças a Deus tivemos um que entrou no seminário”. As raízes familiares são fundamentais mas “não fomos nós que lhe impusemos a ida para o seminário” – frisou Fernando Ribeiro e Castro. A partida deste descendente para discernir a sua vocação “deixou-nos muito felizes”. A oração faz parte da vida desta família numerosa mas estende-se também ás conversas de sofá. “Pertencemos a vários movimentos e, naturalmente, falamos desses temas fora da mesa” – referiu. A troca de impressões sobre livros recebidos é outro tema das conversas da família Ribeiro e Castro. Na altura do Natal e aniversários as prendas trocam-se e são objecto de conversa. “Explicamos os conteúdos destes livros de matriz cristã”. O exemplo da família é fundamental e quando há troca de prendas “procuramos evitar coisas negativas para a educação dos nossos filhos”. Com cinco filhas na família, Fernando Ribeiro e Castro realça que quando estas recebem «barbies» “vão imediatamente para o lixo”. Tal como as armas oferecidas aos filhos. E exemplifica: “os «actionman» também vão para o lixo”. Os brinquedos devem fazer “crescer os nossos filhos” e têm que ser “construtivos tanto no interior como no exterior”. Quando entram na escola, os progenitores aconselham os filhos a frequentar a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC). “Nunca ofereceram resistência” – adiantou o Presidente da APFN. “Os temas tratados são importantes” e servem também para dar “testemunho cristão na escola”. E conclui: “é uma forma de evangelização”.