Nesta sociedade instável “é fundamental a vivência profética na escola” – disse Roberto Carneiro, aos participantes do Fórum «Risco de Educar», a decorrer hoje e amanhã (28 de Janeiro), em Lisboa. O trabalho com a família é uma das tarefas apontadas pelo conferencista para que a Escola Católica “seja diferente”. Uma escola “tecnocrática e burocrática não é abrangente” e, neste caso, a Escola Católica pode dar um “grande testemunho de ponte entre a Família e a instituição escolar”. Em declarações à Agência ECCLESIA, Roberto Carneiro – foi Ministro da Educação -, salienta que não deveria haver uma Escola Católica que “não tivesse formação parental”. E avança: “ajudar os pais a serem mais competentes”. A descoberta do dom do amor – a essência da educação – e “contagiar o ser humano frágil para o afecto” é outra das características da Escola Católica. Só assim se combate a “sociedade fragmentária” e o “individualismo” duma época que quer afirmar apenas a “soberania do eu” – realça Roberto Carneiro. A redescoberta da dimensão da dádiva – tanto em casa como na escola – é urgente. O título do Fórum – «Risco de Educar» – é “abrangente” mas o grande risco é “não educar”. Uma sociedade sem o suporte da educação “não é sustentável” – disse o Ex. Ministro da Educação. E avança: “temos de ser profetas de uma civilização mais coesa e comunitária”. Ao fazer o balanço da primeira manhã de trabalho, o Pe. António Figueira, Secretário Geral do Fórum, afirma à Agência ECCLESIA que o sentimento dos participantes “está situado na abertura do pensamento”. E concluiu: “Estão despertos para as questões educativas com novas fronteiras e perspectivas”. A raiz do ser humano é o amor e não os aspectos cognitivos. Notícias relacionadas • Dossier sobre o Educação Cristã • Educação