Apostar em recursos para o trabalho com os jovens

Director nacional da pastoral juvenil fala em oportunidade de renovação com a passagem da Cruz das Jornadas Mundiais por Portugal

O director do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), padre Pablo Lima, considera que a Igreja Católica em Portugal deve dedicar “mais recursos” a esta área.

Em entrevista à ECCLESIA, este responsável defende ser “necessário que as Igrejas locais, que as Igrejas particulares, dediquem mais tempo, mais pessoas, mais recursos à Pastoral Juvenil”.

“Aquilo que sentimos e que vemos é que uma grande parte dos responsáveis diocesanos e dos movimentos estão sobrecarregados de trabalho. Não é possível realizar um trabalho primoroso, em termos de Pastoral Juvenil – que é sobretudo uma pastoral de presença e de proximidade – se não há tempo para dar”, alertou.

Segundo o padre Pablo Lima, os jovens são, “até pela situação social em que vivemos, aqueles que devemos privilegiar”.

O sacerdote perspectiva, a este respeito, uma mudança positiva relacionada com a passagem, de 8 a 20 de Agosto, da Cruz das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) pelas dioceses portuguesas.

“Creio que será, novamente, um grande acontecimento para os jovens e para a Pastoral Juvenil em Portugal”, adianta.

O director do DNPJ diz que “as Jornadas Mundiais têm sido ocasião para renovar a Pastoral Juvenil”, a qual “atravessa um momento que não deve ser desperdiçado nem descuidado”.

A peregrinação da “Cruz dos Jovens” abre o caminho de preparação para a JMJ 2011, que tem lugar em Madrid.

Ao longo dos próximos dias, o padre Pablo Lima espera encontrar à volta deste símbolo “todas as pessoas, inclusive os não crentes e os não cristãos”.

“Tivemos a experiência disso em 2003, em que outras pessoas que não são cristãs se aproximaram, estiveram nas celebrações, nos momentos de oração e de convívio e, portanto, é uma ocasião para nos reencontrarmos”, assinala.

O programa nas várias dioceses tem “diversas iniciativas”, explica o responsável, mas o momento central é sempre “a vigília de oração”, na qual os jovens reflectem, rezam à volta da cruz e depois entregam-na aos da diocese seguinte.

“Eu creio que será uma surpresa muito agradável, como foi para nós em 2003. Não pensávamos que a cruz pudesse ter uma força polarizadora como tem”, recorda o padre Pablo Lima.

A cruz mede 3,80 metros de altura, pesando 31 quilos e, para este sacerdote, “até pelas dimensões, ela é um sinal muito expressivo”.

“Direi que, provavelmente um dos momentos mais eloquentes é quando ela é carregada pelos jovens”, assinala o director do DNPJ.

Sobre o caminho para a JMJ 2011, em Madrid, o padre Pablo Lima espera vir a motivar uma “participação muito elevada, que poderá rondar os 15 mil jovens portugueses”.

“Sentimos que, pelo facto de ser uma jornada mundial geograficamente tão próxima, é uma oportunidade a não desperdiçar”, conclui.

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