Apelos à calma na Guiné-Conacri

A Igreja Católica na Guiné-Conacri está a lançar apelos à calma, depois dos tumultos que originaram vários mortos e feridos no país. Pelo menos 18 manifestantes foram mortos na segunda-feira nos arredores de Conacri, elevando para 104 as vítimas no país, paralisado após a retomada de uma greve geral, convocada para exigir a demissão do presidente da Guiné-Conacri, Lansana Conté. A nova explosão de violência fica a dever-se ao facto de Conté ter promovido o ministro Eugène Camara, um dos seus homens de confiança, ao lugar de Primeiro-ministro. Para o secretário-geral da Cáritas Guiné, Jean-Pierre Curtis, a raiz desta crise está “na má governação e na corrupção”, considerando que a noemação de Camara “alarmou a maioria dos guineenses”. O presidente Coné decretou o recolher obrigatório de 20 horas diárias para todo o país no quadro do estado de sítio que vigora até dia 23. O estado de sítio foi decretado na sequência dos confrontos entre manifestantes que exigem a sua demissão e as forças de segurança, tendo morrido mais de uma centena de pessoas desde Janeiro. A crise no país está a provocar uma séria crise alimentar, alerta a Cáritas, num comunicado publicado na página da Confederação Internacional deste organismo católico. A Cáritas Guiné condena “a forte ligação entre a deterioração das condições socio-económicas e o fenómeno alargado do enriquecimento pessoal ilícito”.

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