O Acampamento Nacional dos “antigos”escuteiros do CNE, que reúne mais de duas centenas de adultos associados na FNA-Fraternidade de Nuno Álvares, está a decorrer em S. Jacinto – Aveiro, até dia 19 de Agosto. Na terça-feira, foi a abertura oficial do acampamento, bastante participada, um momento de grande significado para os participantes. As diversas actividade de campo – à escuteiro – têm sido vividas intensamente, com actividade temáticas que abordam, nos próximos dias “O Passado”, “O Presente” e “O Futuro”. As delegações estrangeiras, que vieram da Bélgica, Dinamarca, Espanha, Eslovénia, França e Holanda, integraram-se normalmente nas actividades e em toda a vida do acampamento. Os “antigos” escuteiros, que têm como actividade normal, acções de carácter social e de apoio ao Escutismo activo, desta vez decidiram, voltar a acampar e estar em contacto com a natureza, para “manterem a forma”. Gente que fica no tempo que passa Todo o Associado tem, a nível a FNA, a mesma origem, quer tenha sido há muito tempo escuteiro ou só o tenha sido recentemente, isto é: membro do CNE. Nós somos gente que fica e que está. Sobre os nossos ombros cai a responsabilidade de continuarmos a ser os arautos do Escutismo e guardiães dos seus valores. Ficámos, não por teimosia ou saudosismo, mas antes pelo amor do “serviço” ao próximo e dos “dons” que trouxemos connosco. As dificuldades, as horas difíceis e os obstáculos do caminho, são marcas de uma maneira muito forte no tempo que passa. Por isso, temos orgulho no que fomos e no que somos! A Fraternidade de Nuno Álvares, é a associação daqueles que na sua juventude foram escuteiros no CNE – Corpo Nacional de Escutas – Escuteiros Católicos Portugueses. É uma associação de escutismo adulto, privada, de âmbito nacional, sem fins lucrativos. Os princípios e a Lei do Escuteiro são os mesmos dos associados da FNA. Para atingir mais facilmente os seus fins, está organizada; a nível Nacional, Regional (Diocesano) e em Núcleos (Paroquias), estrutura básica da FNA. A FNA é quase tão antiga como o CNE, muito provavelmente desde que os iniciadores do Movimento (dos anos 20 e 30) tiveram que, por razões das suas vidas profissionais ou familiares, ceder os seus “lugares” a uma segunda geração de dirigentes a fim de o trabalho iniciado pudesse ser continuado. E, aqui e ali, foram surgindo núcleos de “antigos”, uns porventura mais disponíveis que outros, auxiliando fundamentalmente os serviços locais e regionais, para que não parasse a acção educativa iniciada. Sentida essa carência, logo em 1939, o CNE cria a “União dos Antigos Escutas”, que apareceu como mais uma “nova” Secção do Movimento, mas sem autonomia e independência. A ideia não vingou. Só em 1955, o CNE criou a “Fraternidade de Nuno Álvares, mencionada nos seus Estatutos e Regulamento Geral, mas desta vez como Associação autónoma e distinta, possibilitando a organização aos seus “antigos” filiados. Em 1976 tem novo impulso, com um pequeno grupo de ex-dirigentes do CNE, arranca decididamente para a organização e expansão. Criam os primeiros Estatutos e elegem os Órgãos Nacionais. Em 1997 a Conferência Episcopal aprova os Estatutos. Em Janeiro de 2003 é admitida como associação-membro pela International Scout and Guide Fellowship, a Organização Mundial dos “Antigos” Escuteiros e Guias. No Verão de 2003 realizou o IV Acampamento Nacional em Mangualde. Em 2004 realizou uma a Peregrinação Nacional que juntou em Fátima, numa jornada de Fé e Louvor, milhares de escuteiros de todas as gerações. Em 2005 realizou “Fóruns” por todo o pais, para aprofundar o saber “Para que serve a Fraternidade”, culminando no “Fórum Nacional”, donde saiu o “Plano Estratégico até 2010”.