Vaticano espera 6 mil peregrinos de 90 países para programa que se encerra com Missa presidida pelo Papa

Lisboa, 11 dez 2025 (Ecclesia) – Uma delegação da Pastoral Penitenciária em Portugal vai participar em Roma, a partir de sexta-feira, no Jubileu dos Reclusos, integrando um grupo de 6000 peregrinos de 90 países, que levam consigo as “dores e esperanças” das prisões.
A iniciativa, que decorre até domingo, constitui o último grande evento do Ano Santo, antes do seu encerramento (6 de janeiro de 2026), contando com a participação de reclusos, familiares, funcionários prisionais, forças de segurança e administração penitenciária.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a coordenação da Pastoral Penitenciária em Portugal sublinha que esta peregrinação assume um carácter “profundamente vicário”, dada a impossibilidade da presença física da maioria da população prisional.
“Não vamos sós. Levamos na nossa bagagem espiritual o rosto de cada recluso, o sofrimento de cada família e o desejo de reintegração que nos move”, refere a organização.
Os membros da delegação portuguesa, composta por voluntários e capelães, partem como porta-vozes dos quem acompanham diariamente, num evento que vai ser encerrado com a Missa presidida pelo Papa Leão XIV, na Basílica de São Pedro.
A Eucaristia, agendada para as 10h00 de domingo (menos uma em Lisboa), terá um simbolismo particular: as hóstias para a celebração foram produzidas por reclusos das prisões italianas de Opera, San Vittore e Bollate, no âmbito do projeto “Il senso del Pane” (O sentido do Pão).
O programa inicia-se esta sexta-feira, na Universidade LUMSA, de Roma, com a conferência ‘O Direito à Esperança no Cinquentenário do Sistema Penitenciário’, prosseguindo com dias de estudo e oração organizados pelos capelães prisionais italianos.
A Pastoral Penitenciária convida as comunidades católicas em Portugal a unir-se espiritualmente a esta jornada, rezando “pela dignidade de todos os que se encontram privados de liberdade”, “pelas vítimas e pela reconciliação necessária na sociedade”, bem como “pelos agentes da justiça e voluntários que trabalham pela humanização das prisões”.
“O Jubileu dos Reclusos em Roma será um momento para reafirmar que a misericórdia de Deus não conhece grades”, acrescenta o coordenador da Pastoral Penitenciária em Portugal, padre José Luís Costa.
OC
