«Uma das missões das Forças Armadas e das Forças de Segurança é exatamente inspirar à esperança» – Padre Diamantino Teixeira

Lisboa, 26 set 2025 (Ecclesia) – A Diocese das Forças Armadas e de Segurança de Portugal vai celebrar o seu jubileu, iniciativa do Ano Santo 2025 dedicado à esperança, este domingo, dia 28 de setembro, na igreja de São Francisco Xavier, no Restelo (Lisboa).
“Esta comunhão de todos os homens e mulheres que aqui servem, quer nos ramos das Forças Armadas, das Forças de Segurança, que estão espalhados um bocadinho pelo nosso país todo, e também nos teatros de operação, onde estão destacados um bocadinho pelo mundo fora”, disse o vigário-geral da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, esta sexta-feira, em entrevista à Agência ECCLESIA.
A Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, e está a ser continuado com o pontificado de Leão XIV.
“Uma das missões das Forças Armadas e das Forças de Segurança é exatamente inspirar à esperança. Se perdermos a esperança, quer nos âmbitos da nossa vida, tal como na fé, ficamos um bocadinho perdidos. Por isso, o papel das Forças Armadas e das Forças de Segurança, nesse sentido, é fundamental”, realçou o padre Diamantino Teixeira, do Ordinariato Castrense em Portugal.
O Jubileu das Forças Armadas e das Forças de Segurança que vai ser celebrado este domingo, dia 28 de setembro, na igreja de São Francisco Xavier, no Restelo; esta celebração estava inicialmente prevista para o Terreiro do Paço, a Praça do Comércio, em Lisboa, mas a organização decidiu mudar o local por causa das “condições meteorológicas”.
“Convidamos todos aqueles que se quiserem juntar a nós, os nossos militares, civis, as famílias, os antigos combatentes. Quem quiser juntar-se a nós da cidade, homens e mulheres de boa vontade, para celebrarmos exatamente este júbilo, esta alegria do nascimento de Jesus Cristo, que começou há um ano atrás e vai culminar no Natal deste ano”, desenvolveu o padre Diamantino Teixeira.
O vigário-geral da Diocese das Forças Armadas e de Segurança explicou que a missão que têm “é a missão de qualquer padre”, isto é, serem “proposta de Jesus Cristo”.
“Para uns, nós somos pastores, porque comungam da nossa fé, para outros, somos, essencialmente, e apenas isso, uma proposta de Jesus Cristo, uma presença de Igreja. Procuramos celebrar a fé, dinamizar a vida cristã e a vida espiritual, estar com os homens e com as mulheres, como quem os serve, em nome de um bem maior, em nome de um ideal maior. No nosso caso, é, de facto, a Boa Nova de nosso Jesus Cristo”, explicou o sacerdote.
O padre Diamantino Teixeira, ordenado sacerdote a 28 de junho de 1998, na Diocese de Beja, tem dedicado a sua vida ao serviço pastoral, “com particular enfoque na assistência religiosa às Forças Armadas”, e explica que, “curiosamente, há muitos dos jovens que, hoje, chegam às Forças Armadas e às Forças de Segurança”, e que “não tiveram nenhum processo de caminho na fé”, e, perante proposta do capelão, “por contágio, também, com os outros, por interrogação pessoal, acabam por fazer preparação, e muitos são batizados, e fazem os sacramentos da Iniciação Cristã”.

“Quando vão para a GNR, ou para a Polícia de Segurança Pública, ou quando entram nas nossas Academias, nos nossos estabelecimentos de ensino do Exército, como o Colégio Militar, os pupilos, onde também já estive como capelão, e, de facto, é uma escola de formação, uma escola do Evangelho, procuramos que também seja isso”, referiu no Programa ECCLESIA, desta sexta-feira, transmitido na RTP2.
Segundo o programa, do Jubileu das Forças Armadas e das Forças de Segurança consta uma Missa, às 10h00, presidida pelo bispo do Ordinariato Castrense de Portugal, D. Sérgio Dinis, na igreja de São Francisco Xavier.
O padre Diamantino Teixeira assinala que a catedral da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, a igreja da Memória, em Alcântara, “é relativamente pequena para um acontecimento destes”.
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