Ano Santo: «Alentejo vai ecoar em Roma de uma forma muito abundante», afirma monsenhor António Cartageno

Coro do Carmo de Beja vai participar nas celebrações do ano jubilar, na capital italiana e no Vaticano

Foto Diocese de Beja

Lisboa, 21 nov 2025 (Ecclesia) – O diretor do Coro do Carmo de Beja afirmou que “o Alentejo vai ecoar em Roma de uma forma muito abundante”, a partir de hoje, com a presença deste coro na capital italiana para as iniciativas do Ano Santo 2025.

“Vamos participar no jubileu, nos atos oficiais do jubileu, nomeadamente a entrada e passagem pela Porta Santa e a celebração com o Papa no próximo domingo, na Praça de São Pedro, com os coros todos de Portugal e do mundo que se juntam ali porque este é o Jubileu dos Coros para Todo o Mundo Católico”, disse monsenhor António Cartageno, no Programa ECCLESIA desta sexta-feira, transmitido na RTP2.

O sacerdote da diocese do baixo-alentejo viajou hoje com o Coro do Carmo de Beja para Roma, onde vão participar no Jubileu do Ano Santo 2025 dedicado aos coros e corais, com um programa “quase todo de Canto Gregoriano e uma outra peça em italiano”.

Esta sexta-feira, explicou o diretor do Coro do Carmo de Beja, vão “cantar cantos alentejanos”, na Embaixada de Portugal Junto da Santa Sé, às 16h30 locais (menos uma hora em Lisboa), e vão participar nas comemorações dos 125 anos do Pontifício Colégio Português em Roma, num concerto “com canto popular religioso do baixo-Alentejo”, este sábado às 20h00, na igreja de Santa Maria de Traspontina.

“O Alentejo vai ecoar em Roma de uma forma muito abundante”, destaca o monsenhor António Cartageno.

O Jubileu dos Coros e Corais, do Ano Santo 2025, realiza-se este sábado e domingo, dias 22 e 23 de novembro, em Roma (Itália) inscreveram-se cerca de 35 mil peregrinos de 11 países.

Do programa constam encontros e Missas com o Papa Leão XIV, passagem pela Porta Santa e confissões, concertos e momentos musicais; mais de 100 coros vão animar as Missas vespertinas deste sábado, das 17h00 às 19h30 locais, em mais de 90 igrejas de Roma, na lista divulgada pelo Vaticano destaca-se a participação do coro infantojuvenil ‘Pequenos Cantores de Amorim e Laúndos’ e do Coro Manuel Giesteira, da mesma paróquia (Póvoa de Varzim) na Arquidiocese de Braga, que vão estar na igreja São Giuseppe Cafasso (18h00).

Já o diretor do Coro da Catedral de Lisboa assinala que este Jubileu dos Coros “é valorização” do canto litúrgico, e explicou que têm acompanhado o calendário diocesano e o calendário universal deste Ano Santo, no Programa ECCLESIA.

O maestro Luís Filipe Fernandes explicou o Coro da Catedral de Lisboa realizou um Concerto Jubilar, no dia 25 de outubro, data da dedicação da Sé Patriarcal, “com melodias e harmonias de esperança, centradas nas virtudes evangélicas fé, esperança e caridade, e fortalecidas pela encarnação do verbo”.

Monsenhor António Cartageno explica que a “música faz parte integrante da liturgia”, como diz o Concílio Vaticano II, na Constituição Apostólica Sacrosanctum Concilium (sobre a Sagrada Liturgia). ‘o canto sacro unido à palavra é parte necessária e integrante da liturgia solene’ (capítulo 6, número 12), e, a partir daqui, fazem “o melhor” que podem e sabem “para servir a oração cantada”.

“Às vezes, coloca-se o coro na celebração como um coro que vai animar a celebração. O coro não anima celebração nenhuma, o coro está ali para servir o mistério, e está a prestar um serviço, um serviço para a Assembleia, para que ajudará a Assembleia a rezar; na Sé”, acrescentou Luís Filipe Fernandes.

O diretor do Coro da Catedral de Lisboa salientou que tentam, todos os domingos, na Sé, fazer “liturgia, mas também fazê-lo com arte e com alma”, e, sobretudo, “com beleza, que é a beleza orante, que temos que ir caminhando e construindo e continuando a fazer”.

Os dois entrevistados, monsenhor António Cartageno e Luís Filipe Fernandes, que comentaram as leituras que vão ser lidas este domingo nas Missas, partilharam também como surgiu esta paixão pela música e, nomeadamente, a música litúrgica ,no Programa ECCLESIA desta sexta-feira.

A Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, e está a ser continuado com o pontificado de Leão XIV.

PR/CB/OC

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