Ano Santo: Na reta final do Jubileu dos Jovens, peregrinos vivem dias de festa com Leão XIV

«Nós estamos muito satisfeitos com o balanço 100% positivo, e ansiosos para ver o Papa» – Felipe Lima, Arquidiocese de Goiânia (Brasil)

Roma, 02 ago 2025 (Ecclesia) – Centenas de milhares de peregrinos acorreram hoje à esplanada de Tor Vergata, para as celebrações conclusivas do Jubileu dos Jovens, após uma caminhada até aos arredores de Roma, levando na bagagem uma avaliação positiva desta experiência, no Ano Santo.

“Ah, pesa muito mais o positivo do que os percalços. Claro que nós sabemos que não vimos em turismo, portanto, não podemos estar à espera de grandes luxos. O que conta mesmo a camaradagem e o espírito de equipa para superarmos todos os obstáculos e dificuldades do dia-a-dia.  Mas o saldo é positivo”, disse Tatiana Severino, da Diocese do Porto, em declarações à Agência ECCLESIA.

A jovem da Paróquia Leça da Palmeira conta que “foi um filme chegar a Tor Vergata, “porque as indicações eram poucas”,  não sabiam “as localizações exatas”, mas “os voluntários foram excecionais, a polícia foi excecional e ajudaram constantemente”.

“[A peregrinação] é o culminar, é aquela parte em que nós realmente nos superamos, e damos importância ao que realmente importa”, acrescentou Tatiana Severino.

“No dia a dia não temos essa consciência como um banho quente ou um bom sítio para descansar faz toda a diferença.  As pessoas que estão à nossa volta também fazem toda a diferença para um ambiente bom e em grupo”, acrescentou Francisca Duarte, “a mais novinha” deste grupo paroquial, sobre “as coisas que realmente importam”.

Com 20 anos de idade, a experiência “está a ser positiva”, existiram “muitos problemas, mas todos juntos” conseguiram “superar e tem sido bom”, e Francisca Duarte vai levar do Jubileu dos Jovens “muita resiliência”.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Gonçalo Francisco viajou de Lagoa, na Diocese do Algarve, e faz parte do Grupo de Jovens ‘Natus in Spes’ (Nascidos na Esperança), que foi batizado este ano, e partilhou que “a esperança é o motivo para olhar para os dias de hoje, que não são os mais fáceis, e ter esperança que tudo brevemente se resolva”.

Para o jovem algarvio, o jubileu “foi ótimo, houve dificuldades, mas isso é o normal”, e o que importa são “as recordações”, como as “amizades, convívios”, como as que viveu na no alojamento, na Feira de Roma: “Todas as noites tínhamos convívios,  a aventura dos banhos, que era com águas geladas,  e a gente divertia-se à mesma, foi tudo uma experiência”.

Gonçalo Francisco explica ainda que partilha a esperança “passando a mensagem aos outros”, e tentando que o seu grupo de jovens, “nascido este ano, ainda cresça mais”.

“[Ser semeador da esperança], por vezes pode parecer difícil, e se calhar parece que não vemos os frutos logo, mas eu acho que nós, através de, irmos mostrando as experiências que temos; são momentos como este que nós vivemos, que facilitam, nós conseguimos manter-nos aqui,  e se as pessoas nos virem, nos acompanharem, vão eventualmente perguntar, ‘ah, será que eu consigo, será que eu também vou atrás?’, e acho que isso ajuda muito.” – David Jesus

Foto: Agência ECCLESIA/CB

David Jesus, da Diocese de Coimbra, faz “um balanço positivo” do jubileu, e explica que o espírito de peregrinação “ajudou muito a passar por estas semanas complicadas”, mesmo que este encontro mundial, “se calhar, ficou um bocadinho aquém na expectativa,  a nível de funcionalidade”, mas “o espírito de peregrinação ajudou muito”, ter viajado em diocese ajudou, porque criaram “um espírito mais coeso, mais unido”.

O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, viajou com os jovens diocesanos nos cinco autocarros, até Roma, e, para o entrevistado “foi muito engraçado”, e pelo que sabe, o bispo “gostou muito da viagem até Asti, onde fizeram a primeira paragem.

“Eu acho que foi um momento muito engraçado.  Nós também tivemos muitos momentos de convivência com o Sr. Bispo, em Asti e em Roma, encontrávamo-nos várias vezes e pudemos sempre falar abertamente, e é muito bom, é um sentimento muito bom poder falar abertamente com uma pessoa tão incrível como é o Bispo Virgílio de Coimbra”, desenvolveu o David Jesus, da União de Paróquias de Febres (Cantanhede).

Felipe Lima, que com outros jovens peregrinou da Arquidiocese de Goiânia, no Estado brasileiro de Goiás, afirma que é “sempre uma alegria estar presente entre milhões de jovens católicos para aumentar a fé”, e compartilhar também um pouco com os jovens que ficaram em Goiânia, na paróquia.

“Nós somos da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, do Movimento Eucarístico Jovem, então a gente veio também representando esses tantos jovens que não puderam vir, para estar aqui em comunhão com o nosso Papa Leão, com a Santa Igreja Católica e, obviamente, agradecer a Deus por todas as graças e bênçãos que Ele tem derramado nas nossas vidas”, assinalou à Agência ECCLESIA.

Para Felipe Lima cada momento que viveram no Jubileu dos Jovens “é um momento para agradecer a Deus por todas as bênçãos”, por isso, “o balanço é sempre positivo”.

“Nós estamos muito gratos por tudo que a gente pode viver nesses dias aqui em Roma,  na Cidade do Vaticano, a troca de experiências culturais também, aprender vendo o zelo de outras culturas têm perante a Santa Eucaristia.  Então, nós temos estado muito gratos por tudo que a gente tem vivido e, com certeza, nós estamos muito satisfeitos com o balanço 100% positivo, e ansiosos para ver o Papa hoje, na Vigília, aqui em Tor Vergata”, acrescentou o jovem brasileiro.

CB/OC

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