D. João Lavrador afirmou importância do «Evangelho da Família», «numa sociedade e numa cultura baralhadas»
Viana do Castelo, 30 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo afirmou que “é muito elucidativa” a relação do Natal, da festa da Sagrada Família, que a Igreja Católica celebrou este domingo, e o convite do Ano Santo 2025 a serem ‘peregrinos da Esperança’.
“Em contexto de natal, somos convidados a deslocarmo-nos ao encontro de Jesus de Nazaré que nasce na nossa humanidade e a descobrir n’Ele a Sagrada Família que O acolhe, O ampara e O acompanha. Deparamo-nos com a Família de Nazaré que se revela como modelo de toda a família humana, na sua identidade, na sua absoluta necessidade, na sua vocação e na sua missão”, explicou D. João Lavrador, na homilia de abertura diocesana do Ano Santo 2025.
A Igreja Católica celebrou, este domingo, no seu calendário litúrgico, festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, o bispo de Viana do Castelo afirmou que “numa sociedade e numa cultura tão baralhadas”, onde o ser humano se sente “perdido e desnorteado”, “importa proclamar o Evangelho da Família”, porque a família é a primeira a sofrer as consequências desse “individualismo e personalismo sem Deus”.
Há uma boa notícia para a família que a Igreja, através das famílias cristãs, deve testemunhar perante este mundo, tal como aconteceu com a Sagrada Família de Nazaré; a família cristã, na sua vivência autêntica da Boa Nova de Jesus Cristo, entre todos os seus membros, deve ser testemunha dos verdadeiros valores cristãos, oferecendo à cultura de cada época a identidade, o valor e a missão da família”.
As dioceses católicas de Portugal assinalaram, este domingo, em todas as catedrais, o início do Jubileu 2025, centrado na temática da esperança, conforme determinou pelo Papa Francisco na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), com uma Missa de abertura solene do ano jubilar.
“Este é o tempo para descobrirmos mais intensamente o valor da vida comunitária e o dever de participação de cada um dos baptizados na missão evangelizadora da Igreja”, explicou o bispo de Viana do Castelo, elegendo “a abertura à vida”, como “um dos mais fortes sinais de esperança” apresentados pelo Papa Francisco na bula de proclamação do Ano Santo.
João Lavrador explicou que a “peregrinação toma um significado particular”, entre os diversos atos de que se reveste a graça jubilar, e exortou que em cada paróquia, arciprestado, movimento, grupo ou instituição, “se organizem peregrinações aos locais assinalado para se obter a graça da indulgência”.
“É um tempo de intensificar a oração e a vivência dos sacramentos”, realçou na homilia, solicitando “a todos os sacerdotes” que dediquem tempo e sabedoria “no acolhimento dos peregrinos e na celebração do sacramento da reconciliação”.
O perdão sacramental tem o seu prolongamento no perdão nas relações fraternas e nas relações sociais. Estejamos mais atentos aos pobres e aos que sofrem, aos marginalizados e aos carenciados”.
O bispo de Viana do Castelo assinalou que celebram o jubileu universal da Igreja Católica integrado na preparação do jubileu diocesano, e recordou que, neste primeiro ano, centram a reflexão “a encontrar respostas pastorais para que a Igreja diocesana seja uma comunidade à maneira dos Apóstolos – evangelizadora e de portas abertas”.
Para a abertura do Ano Santo 2025, a Diocese de Viana do Castelo concentrou-se na igreja da Misericórdia, de onde saiu em procissão até à Sé.
CB/OC