D. António Moiteiro indicou «desafios e exigências às comunidades cristãs», e lembrou caminhada sinodal diocesana
Aveiro, 30 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro disse que o Ano Jubilar 2025 é um “tempo favorável à conversão e à reconciliação entre todos os povos”, que traz “desafios e exigências às comunidades cristãs”, que, na diocese, estão em renovação.
“Somos peregrinos da esperança e precisamos de transbordar esperança (cf. Rom 15,13) para testemunhar de modo credível e atraente a fé e o amor que trazemos no coração; para que a fé seja jubilosa, a caridade entusiasta; para que cada um seja capaz de oferecer um sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, sabendo que no Espírito de Jesus, isso pode tornar-se uma semente de esperança para toda a humanidade”, disse D. António Moiteiro, este domingo, na homilia de abertura do Ano Santo 2025, na Sé.
Segundo o bispo de Aveiro, este Ano Jubilar é “um tempo favorável à conversão e à reconciliação entre todos os povos”, e explicou que traz “desafios e exigências” às comunidades cristãs, em concreto no modo como “vivem a sua fé e são capazes de a partilhar”.
O Papa assinalou, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, o início do 27.º Jubileu ordinário da Igreja Católica, dedicado ao tema da esperança, na Missa da Noite do Natal, e determinou, na bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), que este domingo, dia 29 de dezembro, os bispos diocesanos celebrem a Missa como abertura solene do ano jubilar em cada Igreja particular.
Na Diocese de Aveiro, a abertura solene do Ano Jubilar começou com a concentração de “todos os peregrinos junto do túmulo de Santa Joana”, depois entraram em procissão na Sé, para a celebração da Eucaristia.
“A peregrinação e a Indulgência Jubilar constituem como que o centro deste tempo favorável, onde a celebração do sacramento da Penitência deve ocupar um lugar importante”, salientou o bispo de Aveiro, indicando que a catedral e o Santuário de Nossa Senhora de Vagos, também igreja jubilar, são “espaços privilegiados” onde podem “fazer o encontro com Cristo, fonte da esperança”, através do sacramento da Reconciliação.
Na homilia, o responsável diocesano destacou a “caminhada sinodal da diocese”, lembrando que o Plano Pastoral para o triénio 2024-2027, apela “à corresponsabilidade, à sinodalidade e à ministerialidade”.
“Para a sua concretização é fundamental a participação de todos os batizados, aprendendo a ouvir-nos uns aos outros e a partilhar os dons que o Espírito de Deus alberga no coração de cada um de nós”, acrescentou, e salientou que a reorganização do território diocesano, que está em curso vai “exigir a colaboração de todos”.
D. António Moiteiro, na homilia publicada na página na internet da Diocese de Aveiro, começou por refletir sobre “a vocação fundamental da família”, no contexto da festa litúrgica da Sagrada Família, que a Igreja Católica celebrou este domingo, “integrada na quadra de Natal, e a abertura solene do Ano Jubilar”.
O bispo de Aveiro já tinha convidado os cristãos da diocese “a ter uma palavra de esperança”, face à realidade da “guerra, destruição, desigualdade social”, na nota pastoral dedicada ao Ano Santo 2025, intitulada ‘Jubileu Peregrinos da Esperança – A esperança não engana’.
No dia 1 de janeiro de 2025, Dia Mundial da Paz, D. António Moiteiro vai celebrar a Eucaristia no Santuário de Nossa Senhora de Vagos, às 17h00, Igreja Jubilar da Diocese de Aveiro, para além da catedral.
CB/OC