Ano Santo 2025: «Que não seja só uma viagem a Roma para turismo», afirma portuguesa que trabalha na organização do Jubileu

Irmã Ana Felício partilhou também a «experiência muito enriquecedora» que é estar em Roma, no Dicastério para a Evangelização

Foto Agência ECCLESIA/HM, Irmã Ana Felício

Cidade do Vaticano, 05 fev 2025 (Ecclesia) – A irmã Ana Felício, que está a trabalhar no Dicastério para a Evangelização, destacou a dinâmica jubilar que o organismo da Santa Sé pretende no Ano Santo 2025, para “que não seja só uma viagem a Roma para turismo”.

“Cada evento jubilar tem uma dimensão mais cultural na cidade de Roma, que também se presta muito a isso, e depois esta dimensão de encontro com o Santo Padre, este momento de comunhão com a Igreja, mas também o que nós chamamos de ritos jubilares, que é precisamente esta peregrinação, passagem na Porta Santa, e depois a grande característica do Jubileu que é a indulgência, a comunhão, confissão e oração pelas intenções do Santo Padre”, disse a religiosa portuguesa à Agência ECCLESIA, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Na entrevista, após a oração do ângelus do Papa Francisco, a irmã Ana Felício, explicou que era “o centro de cada evento” o Dicastério para a Evangelização pretende que “não seja só uma viagem a Roma para turismo”, mas sobretudo o “espírito de peregrinação, como diz o próprio lema do Jubileu, Peregrinos de Esperança”.

“Uma peregrinação que seja também um momento espiritual, que é o grande desejo do Santo Padre para este Jubileu, para todos, um encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus Cristo”, acrescentou, no final do Jubileu do Mundo das Comunicações (24 a 26 de janeiro), o primeiro grande evento do Ano Santo 2025.

A irmã Ana Felício, que está a trabalhar no organismo da Santa Sé responsável pela organização do Ano Santo 2025, acrescentou que, “hoje, é muito fácil que este sentido da peregrinação se perca”, porque as viagens são feitas de avião, de autocarro, por isso, os peregrinos são convidados a realizar um “pequenino percurso na Via da Conciliação”, para passar na Porta Santa na Basílica de São Pedro.

“Este sentido do caminho a pé, da canseira, tem o seu sentido, um sentido físico, exterior, mas que também é interior, do caminho espiritual; é precisamente para nos lembrar que a passagem da Porta Santa é fruto de um caminho, não é só um momento fugaz, apressado, é o culminar de um caminho”, desenvolveu a religiosa da Aliança de Santa Maria.

Foto Agência ECCLESIA/HM, Irmã Ana Felício

A entrevistada destaca que o Jubileu 2025 tem “eventos que se dirigem a um setor específico da sociedade”, como o Jubileu dos Artistas, o Jubileu dos Adolescentes, dos jovens, dos doentes, dos reclusos, “diversos grupos específicos de pessoa”, mas “qualquer pessoa pode fazer a experiência do Jubileu” em Roma, “não é obrigatório participar num evento, até porque é sobretudo uma experiência interior”.

O Ano Santo 2025 foi inaugurado pelo Papa na noite da véspera de Natal, dia 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, depois, no dia 26, Francisco abriu a segunda porta santa do Jubileu da Esperança na prisão do Novo Complexo de Rebibbia, em Roma.

“As periferias é sempre o desejo do Papa Francisco, acho que ele o expressou muito bem quando decidiu abrir uma Porta Santa extra, digamos assim, numa prisão perto de Roma, sobretudo para estas pessoas terem também a possibilidade de viver esta experiência do Jubileu”, acrescentou a religiosa da Aliança de Santa Maria.

Para a irmã Ana Felício estar no ano jubilar em Roma, “no centro da Igreja”, “é um privilégio, é uma graça muito grande, uma experiência muito enriquecedora”.

“Poder fazer esta experiência de uma Igreja Universal, uma Igreja que é para todos e que acolhe todos, porque Roma é muito isto, e estamos aqui na Praça de São Pedro, o colonato de São Pedro quer dizer mesmo isto: a Igreja que abraça toda a gente que vem como uma mãe”, desenvolveu a portuguesa que está ao serviço do Dicastério para a Evangelização, no Programa ECCLESIA, transmitido esta quarta-feira, dia 5 de fevereiro, na RTP2.

PR/CB

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