Aníbal Veiga e Pedro Almeida Gonçalves Gonçalves, do Patriarcado de Lisboa, falam numa «expectativa grande» para a presença em Roma, entre esta sexta-feira e domingo
Lisboa, 21 fev 2025 (Ecclesia) – Os diáconos permanentes Aníbal Veiga e Pedro Almeida Gonçalves, ordenados em dezembro último no Patriarcado de Lisboa, partilharam as expectativas de participar no Jubileu dos Diáconos, que se realiza entre hoje e domingo, na capital italiana e no Vaticano.
“A expectativa é grande, sobretudo da perspetiva da comunhão com outros diáconos de todo o mundo: perspetivas diferentes de vivência e de serviço. Uma oportunidade de peregrinar à Porta Santa e de viver este ano de uma forma diferente”, disse Aníbal Veiga, em entrevista à Agência ECCLESIA, transmitida esta sexta-feira, 21 de fevereiro, no programa Ecclesia, na RTP2
O diácono permanente do Patriarcado de Lisboa recorda que, com Pedro Almeida Gonçalves, foi ordenado neste serviço “há muito pouco tempo”, no dia 1 de dezembro de 2024, por isso, “também é novidade”, e é “uma expectativa muito grande”, participar no quarto grande evento jubilar do Ano Santo 2025.
O Jubileu dos Diáconos Permanentes reúne “mais de seis mil peregrinos, provenientes de cerca de 100 países do mundo”, incluído Portugal, a partir da tarde desta sexta-feira até domingo, de 21 a 23 de fevereiro.
“O termo expectativa quase que já diz tudo. É expectativa, de facto, é a ocasião de vivermos um jubileu, no meu caso, numa dimensão diferente. É claro que já vivemos outros jubileus na Igreja, mas num momento distinto das nossas vidas e da minha vivência e do meu serviço à própria Igreja”, acrescentou Pedro Almeida Gonçalves, que recorda o grande jubileu do ano 2000, e, mais recentemente, em 2016, o Jubileu da Misericórdia, “momentos em que se calhar o jubileu tocou de forma menos intensa do que este toca”.
Para este diácono permanente da Paróquia do Estoril ir viver o seu jubileu a Roma é também “o desafio de sentir” que são parte de uma Igreja Universal, e, mesmo que não seja mais do que celebrar com outros provenientes de outras realidades e de outros contextos, perceberem “que não é um tema individual, nem é um tema que está fechado na paróquia, ou até na nossa diocese”.
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Na bula de proclamação do Jubileu 2025, intitulada ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), Francisco anunciou solenemente o início e fim das celebrações do 27.º jubileu ordinário da Igreja Católica: Começou com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, no dia 24 de dezembro, nas dioceses de todo o mundo no domingo seguinte, 29 de dezembro, e termina a 6 de janeiro de 2026.
“O próprio mote que o Papa Francisco lhe deu e esta orientação para a esperança, creio que faz deste jubileu um jubileu muito especial. Um jubileu muito especial na vida da Igreja, naturalmente, mas um jubileu em que aquilo que a Igreja fala para o mundo também é muito, muito atual”, acrescentou o diácono permanente Pedro Almeida Gonçalves.
Segundo o entrevistado, “provavelmente, de uma forma global”, todos têm “sinais de desesperança” e colocar este foco na esperança, “antes de mais, obviamente, que vem de Jesus Cristo”, mas ser a Igreja ser sinal de esperança “é muito atual”.
O Jubileu, com raízes no ano sabático dos judeus, consiste num “perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”; esta indulgência implica obras penitenciais, incluindo peregrinações e visitas a igrejas.
PR/CB
Ano Santo 2025: Jubileu dos Diáconos reúne «mais de seis mil peregrinos», de cerca de 100 países