Ano Santo 2025: Pedro Carvalho afirma que Jubileu dos Jovens «deu voz à esperança», com «um milhão de jovens em Roma»

Convidados do Programa ECCLESIA comentaram o Ano Santo a partir também dos Jubileus do Mundo Missionário, da Catequese e do Mundo Educativo

Lisboa, 26 dez 2025 (Ecclesia) – Pedro Carvalho, Joana Peixoto, e Rita Santos, trabalham em diferentes áreas da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e participaram em encontros jubilares deste Ano Santo 2025, é com um olhar de esperança no futuro que recordam essas iniciativas.

“O Jubileu dos Jovens foi um grande momento que deu voz à esperança, e foram vividos pelos jovens de Portugal; Pode-se dizer que foi o jubileu que deu voz à esperança, com um milhão de jovens em Roma, foi o que levou mais gente e mais jovens a Roma”, disse o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), esta sexta-feira, dia 26 de dezembro, em entrevista à Agência ECCLESIA.

Pedro Carvalho recorda que a nível nacional “foi a maior mobilização de sempre de jovens para um evento internacional”, com 11 mil 527 participantes, e foram dias vividos “intensamente, com uma alegria contagiante desta geração que quer compromisso, quer estar com Cristo, com outros jovens”, por isso, é “o Jubileu dos Jubileus”.

“Percebemos que não podemos nivelar por baixo as propostas que nós queremos ou que trabalhamos com os jovens. Nesse sentido foi um momento de aprendizagem, mas com muita esperança no futuro de perceber que há muitos jovens que querem seguir Cristo, que querem mostrar o que é ser cristão no seu dia-a-dia e habitar o espaço público enquanto jovem cristão”, desenvolveu o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil da Igreja Católica em Portugal.

“Vê-se essas sementes do Jubileu em cada paróquia, porque foram muitos jovens, e tivemos a oportunidade de viver, no mês de novembro, os dias diocesanos ou jornadas diocesanas e a permanência deste espírito de esperança viveu-se ali em cada diocese. Isto quer dizer que os jovens querem fazer parte desta Igreja, querem ser transformadores de esperança, e também têm fé que isto consegue ser diferente.” – Pedro Carvalho

Rita Santos, do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), viveu um momento “emocionante, um bocadinho indescritível” no Jubileu da Catequese, no Vaticano, onde foi instituída no ministério de catequista por Leão XIV.

“Foi um momento muito feliz, e um momento também que senti que não era só eu, era toda a catequese, especialmente Portugal, que levei ali até ao altar e, portanto, recebi com muita responsabilidade, mas também com uma graça muito grande. E este Ano Jubilar foi um bocadinho nesse sentido, de ser uma graça”, destacou.

A Igreja Católica está a celebrar o Ano Santo 2025, o 27.º jubileu ordinário da história, por iniciativa do Papa Francisco, que o dedicou ao tema da esperança, e que está a ser continuado no pontificado de Leão XIV, que vai presidir ao encerramento deste ano jubilar, no dia 6 de janeiro de 2026.

O Secretariado Nacional da Educação Cristã promoveu a participação de agentes pastorais e professores nos Jubileus da Catequese e do Mundo Educativo, segundo Rita Santos vêm “sempre muito renovados” deste encontros, “cheio de ânimo para caminhar a Igreja”.

“Em ambos os Jubileus, no dos Catequistas foram cerca de 50 pessoas da parte do SNEC, mas no total sabemos que fomos cerca de 1000 catequistas portugueses, e do mundo educativo, cerca de 60 pessoas, mas sabemos que estariam à volta de uns 300 professores, e foi também um momento de congregar e de caminharmos nesta Igreja, que é muito grande”, desenvolveu a entrevistada.

Já Joana Peixoto, da Fundação Fé e Cooperação (FEC), participou no Jubileu do Mundo Missionário, e afirma que “foi um momento de equipa também, muito bonito”, com a companhia de um representante de cada um dos países onde operam, nomeadamente da Guiné-Bissau, de Moçambique, e de Angola, para além de Portugal.

“Foi um momento mesmo bonito de participação em equipa, de fortalecimento também dos nossos laços, e de poder também chegar às Igrejas locais, agora que os nossos colegas voltaram aos seus países, e continuam também o trabalho da Fundação Fé e Cooperação, e também o trabalho e a dinâmica pessoal nas suas comunidades”, acrescentou.

Deste Jubileu do Mundo Missionário, Joana Peixoto guarda também “muito” poder “estar na Praça de São Pedro com tantos migrantes, na Missa do Jubileu”, e de sentir que a missão, enquanto Fundação Fé e Cooperação que está a celebrar 35 anos, foi “renovada”, com países com os quais trabalham, “mas com outros também onde é necessária e existe ação missionária”.

“Esta renovação da esperança, isto que é um momento que marca um quase acordar de novo para voltar a estar atento ao essencial, é mesmo o que me fica do jubileu e desta experiência também em grupo com todas as pessoas que lá estavam, e com todas as que viveram jubileus nas suas paróquias. Toda a gente volta a estar atento ao essencial e, portanto, pode romper aqui com uma série de coisas que já estavam erradas nas suas vidas, que já estavam quase esquecidas” – Joana Peixoto

O Papa Francisco, na convocatória do Jubileu da Esperança, anunciou que este ano jubilar vai encerrar nas dioceses no dia 28 de dezembro, este domingo, enquanto o encerramento mundial, no Vaticano, é no dia 6 de janeiro de 2026.

PR/CB

Partilhar:
Scroll to Top