Ano Santo 2025: «Misericórdia é a atitude correta da Igreja», afirma padre Basileu Pires (c/vídeo)

Reitor do Seminário de Nossa Senhora de Balsamão aborda Jubileu aborda celebração jubilar dos Missionários da Misericórdia, no Vaticano, e apresenta semana de espiritualidade sobre o jubileu, em Balsamão

Lisboa, 28 mar 2025 (Ecclesia) – O reitor do Seminário de Nossa Senhora de Balsamão, na Diocese de Bragança-Miranda, afirmou que a “misericórdia é a atitude correta da Igreja”, a propósito da celebração jubilar, que se inicia hoje no Vaticano, inserida no Ano Santo 2025.

“A Igreja deve ser a casa da misericórdia”, afirmou o padre Basileu Pires, em entrevista ao Programa ECCLESIA desta sexta-feira, recordando que se a mensagem sobre o tema já tinha sido transmitida por São João Paulo II através de encíclica, ganhou uma outra dimensão com o Ano Santo da Misericórdia (2015).

O Vaticano informou que Roma acolhe entre sexta-feira e domingo cerca de e 500 Missionários da Misericórdia, para a sua celebração jubilar.

“O coração do Evangelho é a misericórdia. E o coração da Igreja também tem que ser a misericórdia. Porque a Igreja não pode fugir do Evangelho. E portanto, acho que é uma esperança para a humanidade”, afirmou o reitor do Seminário de Nossa Senhora de Balsamão.

Também em Roma, e nas restantes paróquias do mundo, se assinala hoje a iniciativa quaresmal “24 horas para o Senhor”, criada pelo Papa Francisco, com objetivo de abrir todas as igrejas, concretizando a ideia de “Igreja em Saída”, explica o padre Basileu Pires.

A iniciativa consiste em abrir as igrejas para um momento de oração e, ao mesmo tempo, fiéis têm oportunidade de receberem o sacramento da reconciliação, indica.

O padre Basileu Pires é da congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (MIC), responsáveis pelo Convento de Balsamão, na Diocese de Bragança-Miranda que promove, nos dias 25 e 26 de abril, a XXVII Semana de Espiritualidade sobre a Misericórdia de Deus que este ano é centrada no Jubileu da Esperança.

A iniciativa propõe abordar vários temas como: «Jubileu, “o ano da graça do Senhor”», «No Jubileu renasce a esperança», «A esperança “funda-se na fé e é alimentada pela caridade” (SNC, 3-4)», «A confiança na misericórdia de Deus fonte de esperança no Diário de Santa Faustina» e «A Festa da misericórdia e a Indulgência plenária no Diário de Santa Faustina».

Entre os intervenientes estão D. António Couto, bispo de Lamego; D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa, os padres Fidel Ortega, João Carlos e Basileu Pires, da congregação MIC.

Falando sobre o Convento de Balsamão, o entrevistado referiu que este é um espaço acolhedor, em que se sente o silêncio, onde as pessoas ficam a “saborear o que é a misericórdia que acolhe”.

“Eu costumo dizer, assim como o Balsamão é cercado de montanhas, assim o Senhor envolve o seu povo. Estamos ali ao colo de Deus, que é a Misericórdia. E as pessoas sentem isso”, destaca, acrescentando que “independentemente da religião que tenham, as pessoas sentem em Balsamão a paz, uma tranquilidade que não se sente noutros lugares”.

“Nós como comunidade procurámos também acolher bem. E agora temos lá uma casa de acolhimento temporário dos migrantes. A casa está agora ao serviço desses que não têm guarida. Estamos a acolhê-los. Isto é a Misericórdia também”, realçou.

Além da Semana de Espiritualidade sobre o Jubileu, existem ainda as Jornadas Culturais do Balsamão, que este ano reflete sobre a mesa transmontana.

“Não se trata só de gastronomia, mas também de outros assuntos à mesa transmontana. E temos o retiro mensal. Todos os meses temos um dia de retiro”, revela.

O padre Basileu Pires dá conta que “Balsamão tem um projeto de requalificação amplíssimo, que comporta, de facto, o aspeto florestal, o projeto florestal, o projeto agrícola”.

“[O projeto] quer ser, de facto, uma oferta de um destino, que as pessoas se sintam lá e que se sintam bem lá”, descreve, acreditando que este vai chamar mais pessoas à localidade.

“Nós não queremos que Balsamão seja desvirtuado pela sua dimensão espiritual, pela sua dimensão cultural, mas que tenha esta envolvência de uma comunidade religiosa que ali vive”, ressalta.

PR/LJ/OC

 

Ano Santo 2025: 500 Missionários da Misericórdia assinalam Jubileu

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