Ano Santo 2025: Grupo de dez padres de Braga e Viana do Castelo participa no Jubileu dos Sacerdotes, assinalando 25 anos de ordenação

Padres Juvenal Dinis e António José integram conjunto de portugueses que se deslocou ao Vaticano para viver o evento jubilar, tendo assistido à audiência pública semanal com o Papa Leão XIV

Foto: DR, Grupo de sacerdotes portugueses no Dicastério para a Cultura

Cidade do Vaticano, 25 jun 2025 (Ecclesia) – Um grupo de dez padres da Arquidiocese de Braga e da Diocese de Viana do Castelo está a participar no Jubileu dos Sacerdotes, inserido no Ano Santo 2025, no Vaticano, assinalando os 25 anos de bodas sacerdotais.

“Fomos colegas durante muitos anos e continuamos a dar muito valor a essa amizade, não apenas sacerdotal, mas também pessoal”, afirmou o padre António José, da Diocese de Viana do Castelo, que integra um grupo missionário presente na comunidade portuguesa na Suíça.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o sacerdote dá conta que o grupo estudou em conjunto no Seminário Arquidiocesano de Braga e que, desde então, continua a manter ligação.

“Ajudamo-nos mutuamente a ultrapassar as dificuldades e a encontrar também entre nós formas de ir ao encontro daqueles que necessitam da nossa colaboração, da nossa ajuda, da nossa predisposição até para estarmos ao serviço da Igreja e do mundo”, testemunhou.

Depois do Jubileu dos Seminaristas, entre segunda e terça-feira, e do Jubileu dos Bispos, celebrado hoje, o calendário do Ano Santo prossegue com o Jubileu dos Sacerdotes, que se inicia esta tarde com catequeses em 12 igrejas do centro de Roma, por grupos linguísticos.

“É uma experiência única. Estamos a aproveitar o máximo que a Igreja nos oferece também esta possibilidade de poder vir a Roma e estar com o Papa. É um momento de graça”, afirmou o padre Juvenal Dinis, da Arquidiocese de Braga.

O padre António José assinala que depois de 25 anos de serviço ao sacerdócio e à Igreja de Deus, “é sempre enriquecedor” participar no Ano Santo 2025.

Estes momentos são obviamente momentos aglutinadores, aglutinadores da vivência da fé, de mostrarmos que a Igreja é una, que está unida em comunhão e essa é uma boa forma de termos até motivos de anúncio, de encontro, de conhecer Cristo da melhor forma”, salientou.

Os sacerdotes portugueses participaram na manhã desta quarta-feira na audiência pública semanal na Praça de São Pedro, com o Papa Leão XIV.

“É sempre bom ver uma figura que ainda consegue aglutinar à sua volta tanta gente com o mesmo propósito”, afirmou o padre António José.

“Foi uma experiência única e sobretudo depois ouvi-lo a saudar também os padres de Braga, da Arquidiocese de Braga e de Viana do Castelo. Foi comovedor, de facto, ouvir as palavras dele”, expressou o padre Juvenal Dinis, membro da Equipa Formadora do Seminário Conciliar.

O grupo português, constituído por seis padres de Braga e quatro de Viana do Castelo, vai participar em todas as atividades programadas para o Jubileu dos Sacerdotes, pretendendo percorrer as Portas Santas das quatro basílicas papais de Roma: São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros.

Para o padre Juvenal Dinis, o sacerdote deve ser “uma pessoa aberta”, “levar Cristo a todos” e “acolher a todos”.

Todo sacerdote terá de ser obrigatoriamente uma ponte, jamais ser um obstáculo. Para isso, obviamente, é necessário que tenhamos em conta não apenas as nossas vicissitudes, mas também as vicissitudes daqueles a quem servimos”, referiu o padre António José.

Olhando para momento que o mundo atravessa, com vários conflitos em curso, o sacerdote que serve a comunidade portuguesa na Suíça destaca que os padres têm de ser “mensageiros da paz”.

“Obviamente que se torna muito difícil encontrar a melhor forma de anunciar essa paz quando o mundo está voltado essencialmente para a guerra”, constatou, referindo-se aos conflitos na Ucrânia, Médio Oriente e no continente africano.

Apesar de ser “difícil” encontrar uma forma de anunciar a paz, segundo o padre António José, é preciso preservar esse anúncio.

Face ao momento complicado e controverso que o mundo vive, o padre Juvenal Dinis defende que os sacerdotes devem apelar à esperança, apelar à paz, à pacificação.

“Estou a rezar para que os governantes se ajudem no sentido de se construir a paz e de chegarem pela via diplomática à paz e não pelas armas”, referiu.

LJ/OC

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