Celebrações vão decorrer de 28 a 30 de março, em Roma

Roma, 26 mar 2025 (Ecclesia) – Roma vai acolher entre sexta-feira e domingo cerca de 500 Missionários da Misericórdia, para a sua celebração jubilar, no Ano Santo 2025, informou hoje o Vaticano.
“Os participantes vêm de países de todos os continentes, incluindo Itália, Estados Unidos, Polónia, Brasil, Espanha, França, México, Alemanha, Eslováquia, Filipinas, Bangladesh, Ucrânia, Colômbia e Índia. O Papa Francisco, que não pode estar presente no Jubileu, enviará a sua própria mensagem escrita”, refere uma nota do Dicastério para a Evangelização.
O organismo da Santa Sé precisa que o número de Missionários da Misericórdia, cujo ministério particular foi instituído pelo Papa por ocasião do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia (2016), “está a aumentar constantemente e hoje são 1258 os sacerdotes instituídos em todo o mundo”.
Aos missionários foi dada a faculdade especial de perdoar até os pecados reservados à Sé Apostólica.
O Jubileu dos Missionários da Misericórdia tem início na manhã de sexta-feira, com um momento de oração no Auditório Paulo VI, do Vaticano. A conferência internacional organizada pelo Dicastério para a Evangelização, que se realiza de dois em dois anos, nesta edição, por ocasião do Jubileu 2025, terá como tema central “O perdão como fonte de esperança” e decorrerá em duas sessões na sexta-feira. A primeira sessão, de carácter teológico, será introduzida às 10h30 por S. Exa. o Arcebispo Rino Fisichella, Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização, enquanto na segunda sessão, com início às 12h00, serão propostas aos participantes algumas orientações para a pastoral.
O encontro prosseguirá às 16 horas com a celebração da 12ª “24 horas para o Senhor” na Basílica de Sant’Andrea della Valle, reservada aos Missionários. A iniciativa quaresmal de oração e reconciliação, também desejada pelo Santo Padre Francisco em 2013, será também celebrada em todas as dioceses do mundo na véspera do IV Domingo da Quaresma, entre sexta-feira 28 e sábado 29 de março. Para esta edição, em ano jubilar, o Papa Francisco escolheu um lema particularmente significativo: “Tu és a minha esperança” (Sl 71,5). O objetivo do evento é voltar a colocar o sacramento da reconciliação no centro da vida pastoral da Igreja. No site do Dicastério para a Evangelização é possível às paróquias e comunidades cristãs descarregar o subsídio gratuito para a celebração comunitária das “24 horas para o Senhor”.
No sábado, 29 de março, os Missionários terão a oportunidade de viver a sua peregrinação à Porta Santa da Basílica de São Pedro, entre as 9 e as 11 horas. Em seguida, reunir-se-ão para a oração do Santo Rosário na Gruta de Lourdes, nos Jardins do Vaticano.
O evento jubilar concluir-se-á no domingo, 30 de março, com a celebração da Santa Missa, presidida por S. Exa. o Arcebispo Fisichella, na Basílica de Sant’Andrea della Valle, às 10h00.
Por fim, no domingo à tarde, para os Missionários e para quem o desejar, terá lugar o quinto dos Concertos do Ano Santo para a Rassegna “Il Giubileo è cultura”: o concerto sinfónico gratuito “Missa Papae Francisci” em memória de Ennio Morricone, interpretado pela Orquestra Roma Sinfonietta, juntamente com o Nuovo Coro Lirico Sinfonico Romano e o Coro “Claudio Casini” da Universidade de Roma Tor Vergata. A atuação, dirigida pelo Maestro Gabriele Bonolis, terá lugar às 16h00 na Igreja dos Santos Ambrogio e Carlo al Corso.
O Jubileu, com raízes no ano sabático dos judeus, consiste num “perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.
Esta indulgência implica obras penitenciais, incluindo peregrinações e visitas a igrejas.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro Ano Santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
O atual Ano Santo começou com a abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, na vigília do último Natal; a 26 de dezembro, o Papa repetiu este gesto, numa prisão de Roma.
Cinco grandes eventos reuniram até agora jornalistas, militares e polícias, artistas, diáconos e voluntários, tendo os últimos três decorrido já sem a presença do Papa.
OC