Ano Sacerdotal é oportunidade e urgência para toda a Igreja

D. Manuel Clemente recorda obediência, celibato e desprendimento como verdades fundamentais do sacerdócio Uma oportunidade e uma urgência. É assim que D. Manuel Clemente, bispo do Porto, reconhece o Ano sacerdotal, convocado por Bento XVI e que tem início esta Sexta-feira, dia 19.

Será uma oportunidade para reflectir "sobre o sentido sacerdotal da existência e o sacerdócio ministerial na Igreja" e uma urgência "como tudo o que é cristão, da Igreja para o mundo", indica o bispo numa mensagem sobre o Ano sacerdotal.

O ano sacerdotal chama para "avivar e aprofundar" as verdades "fundamentais e constitutivas da vida da Igreja e do seu serviço ao mundo". Verdades para os sacerdotes que D. Manuel indica serem a obediência, o celibato e desprendimento.

Esta será também uma oportunidade para reavivar a oração pelos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais. O bispo do Porto reconhece as dificuldades que o clero atravessa, motivadas "por serem poucos e não lhes faltarem múltiplos trabalhos, sobrecarregados tantos pelo peso da idade e da pouca saúde".

Apesar das dificuldades reconhecidas, a diocese do Porto "vai, a pouco e pouco, aumentando o número de candidatos ao sacerdócio ministerial". O bispo recorda o trabalho dos Seminários (Sé, Bom Pastor e Redemptoris Mater), do Pré-Seminário e do Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações, que "vai dando os seus frutos".

D. Manuel Clemente, desde a sua tomada de posse em 2007, ordenou apenas um padre secular e deixou de contar com "uma dezena, por morte ou outras causas". Em breve, a diocese do Porto vai assistir a três ordenações mas "contaremos previsivelmente com menos padres, dada a alta média etária do presbitério".

A diocese do Porto prevê a ordenação, dentro de dois anos, de mais diáconos permanentes, que irão permitir que os sacerdotes se "aplicarem com mais disponibilidade ao que lhes é próprio e definidor, sobretudo no acompanhamento espiritual das comunidades, em torno da Palavra, da Eucaristia, da Reconciliação e do acolhimento, retomando o exemplo de São João Maria Vianney, o Santo Cura d'Ars, em quem este ano sacerdotal se inspira".

No próximo ano a diocese do Porto inicia a Missão 2010. D. Manuel recorda que esta será uma ocasião para "nos redescobrirmos como Igreja, cuja verdadeira natureza é evangelizadora e missionária". Juntamente com a acção missionário dos sacerdotes, este será um ano de "reenvio ao mundo" para que "nenhuma aspiração legítima dos homens, nenhuma tarefa urgente da sociedade, nenhum clamor dos pobres de todas as pobrezas deixem de encontrar nos cristãos o acolhimento solidário do seu sacerdócio comum".

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