«Por onde ir?», pergunta D. Jorge Ortiga para 2014
Braga, 26 dez 2013 (Ecclesia) – O arcebispo da arquidiocese de Braga, na mensagem de ano novo “Por onde ir?”, destaca a coragem dos bombeiros como a “grande figura” de 2013 e apela à fraternidade para superar os vários dramas da pobreza.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga na sua mensagem de ano novo nomeia como “grande figura” de 2013 os bombeiros voluntários, recordando os oito bombeiros que faleceram em serviço no verão: “É de louvar a coragem destes homens e mulheres que, a título voluntário, produzem gestos heroicos e silenciosos na defesa das pessoas e do seu património.”
O arcebispo de Braga revela-se impressionado com o lema das cooperações de bombeiros «Vida por vida» que considera ser a “tradução perfeita do amor interior que eles têm a uma causa tão nobre como esta, e que nem sempre é valorizada e respeitada por todos nós”.
D. Jorge Ortiga começa a mensagem de ano novo lembrando o que escreveu há um ano atrás aquando do começo do ano de 2013 que agora termina: “O mundo não se constrói apenas com grandes presidentes, com grandes descobertas científicas ou com grandes discursos musculados, pois ele também se constrói com pequenos e silenciosos gestos”.
Para o arcebispo de Braga, com estes pequenos e silenciosos gestos “fundados na fé” podem salvar-se “muitas vidas humanas, na medida em que lhes oferecem o argumento do amor”.
“A fraternidade é a premissa para vencer a pobreza”, destaca o arcebispo de Braga analisando também a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz – Fraternidade, fundamento e caminho para a paz – onde considera que é pedido “um ato heroico, à semelhança dos Bombeiros”.
“A fraternidade apresenta-se como um caminho de glória para superar o drama da pobreza, quer esta seja de tipo relacional, absoluta ou relativa, pois, caso contrário, este drama será a morte da própria fraternidade”, desenvolve o prelado o que considera ser “um grande desafio para a vivência do próximo ano civil”, diz D. Jorge Ortiga na sua mensagem de Ano Novo.
Segundo o arcebispo de Braga, em nome desta fraternidade, o cristão deverá “assumir-se como uma verdadeira presença de Deus na história humana” e lutar pela inclusão de todos para que “novas sementes” germinem “uma nova mentalidade na sociedade”.
“Lutemos pela inclusão de todos, combatendo aquelas causas estruturais da pobreza que geram a divisão”, prossegue D. Jorge Ortiga que assinala o facto da Assembleia Geral das Nações Unidas ter proclamado o ano de 2014 como o “Ano Internacional da Agricultura Familiar”: “Em reconhecimento à contribuição da agricultura familiar para a segurança alimentar e para a erradicação da pobreza no mundo”, acrescenta.
Na mensagem – Por onde ir? – o arcebispo de Braga apela ainda à participação no concerto «Do Natal aos Reis», em memória dos cristãos perseguidos,“cuja receita reverterá para uma comunidade religiosa católica na Síria”.
CB/MD