Ano Missionário: Braga tem a paróquia número 552 no norte de Moçambique

Sacerdotes e leigos coordenam a pastoral na Paróquia de Santa Cecília de Ocua

Braga, 01 out 2018 (Ecclesia) – A coordenadora do Centro Missionário Arquidiocesano de Braga disse à Agencia ECCLESIA que o cuidado pastoral da paróquia bracarense número 552, em Moçambique, é uma oportunidade de “dinamização missionária”.

“Nos temos sentido que as pessoas se vão envolvendo e vão tendo curiosidade de saber como é a paróquias 552, da Diocese de Braga, que não é em Braga, que é extraterritorial, e vai havendo essa curiosidade. Primeiro numa perspetiva mais assistencialista e aos poucos e se vai fazendo o trabalho de crescimento em Igreja”, referiu Sara Poças.

O projeto de cooperação ‘Salama’ foi estabelecido entre a Arquidiocese de Braga e a Diocese de Pemba em 2014, após contactos entre as duas dioceses a partir do ano 2013, e consiste no cuidado pastoral da paróquia de Santa Cecília de Ocua, no norte de Moçambique, a paróquia número 552 de Braga.

Para Sara Poças, o projeto ‘Salama’ ajuda à “consciência mais missionária”, não apenas dos voluntários que partem para Ocua, mas de todos os diocesanos.

O acordo de cooperação entre a Arquidicoese de Braga e a Diocese de Pemba prevê o envio de equipas missionárias para Ocua, constituídas por sacerdotes e por leigos, a colaboração na formação de seminaristas de Pemba em Braga e a formação de dirigentes escuteiros.

No terceiro ano em que é enviada uma equipa missionária, o padre Paulino Carvalho, da Arquidiocese de Braga, que partiu pelo segundo ano para Pemba, refere que o protocolo entre as duas dioceses é “essencialmente pastoral”, mas afirma que é necessário também “cuidar das pessoas”.

“Nós somos responsáveis pela cura pastoral da Paróquia  de Santa Cecília de Ocua. Naturalmente que não podemos anunciar o Evangelho se não cuidarmos da pessoa. Tudo isso está interligado e, dos vários projetos que se realizam lá, não se pode separar uma coisa da outra”, disse à Agência ECCLESIA.

O padre Paulino considera o trabalho pastoral em Moçambique “mais tranquilo”, assenta na “Igreja ministerial”, com responsabilidades atribuídas a leigos, onde a prioridade é “estar com as pessoas” e “aprender, mais do que ensinar”.

D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, considera o projeto ‘Salama’ “um dom” para a igreja diocesana”, sobretudo num ano em que o programa pastoral propõe a constituição de “comunidades acolhedoras e missionárias”.

“Queremos que as nossas comunidades sejam missionárias, onde cada um toma consciência que é uma missão”, sustentou.

Para o arcebispo de Braga, a partida de missionários, leigos e sacerdotes diocesanos, é uma “semente de vocações”, uma oportunidade de enriquecimento nos territórios de origem e permite a “colaboração muito concreta” na comunidade de Ocua.

Em outubro de 2018, projeto ‘Salama’ envia para a Paróquia de Santa Cecília de Ocua um sacerdote, o padre Paulino Carvalho, e dois leigos missionários, Rui Vieira e Susana Magalhães, que casaram em setembro antes de partir em Missão para a Diocese de Pemba.

Entre outubro de 2018 e outubro de 2019, a Conferência Episcopal Portuguesa promove Ano Missionário especial em todas as dioceses do país, respondendo a uma iniciativa do Papa Francisco.

“Ao longo deste Ano Missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos – bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – a experiência da missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país em missão, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais”, refere a Nota Pastoral ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’, divulgada na solenidade de Pentecostes, em maio deste ano.

PR

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Agência ECCLESIA

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