Quem é Jesus? Como seguimos Jesus?
O tema deste 10.º Domingo do Tempo Comum gravita à volta da identidade de Jesus e da comunhão que Ele deseja estabelecer com aqueles que se colocam na disposição de O seguir.
No Evangelho, Jesus demonstra que, na sua atividade de libertação do poder do mal, não pactua com o Demónio, mas vem para libertar os homens e as mulheres de todos os tempos. Também nisso está a fazer a vontade de Deus, convidando-nos a fazer comunidade centrada na sua pessoa e neste desejo de fazer a vontade de Deus.
“Quem é Jesus?” Desde os inícios do cristianismo os cristãos sentiram necessidade de responder a esta pergunta. Também hoje, na ação pastoral da Igreja, sobretudo nas catequeses, é importante que todos conheçamos a identidade de Jesus, para podermos estabelecer com Ele uma relação personalizada, uma verdadeira adesão de vida à Pessoa de Jesus Cristo.
Fazer parte da família de Jesus é a vocação fundamental dos cristãos de todos os tempos. O método para estabelecer uma relação de familiaridade com Jesus passa necessariamente por seguir o seu exemplo de oblação ao Pai por nós. Continuamos no mundo a mesma missão de Jesus que tem como único horizonte fazer a vontade de Deus; esta é uma das petições do Pai Nosso, a oração que Jesus ensina a rezar: «Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu».
Quando o cristão se decide a seguir Jesus, isso implica necessariamente que renuncie ao mal e ao demónio. Tal como Jesus estabelece uma clara separação entre o seu serviço e o poder de Satanás, desde o primeiro momento da vida cristã os cristãos são chamados a renunciar a Satanás e a fazer a sua profissão de fé em Deus. Na vida ordinária, isso implica que se tenha claro que algumas práticas de bruxaria, feitiçaria, adivinhação e cartomancia não são práticas próprias de um cristão, mas aprisionam; Jesus vem libertar-nos desse aprisionamento de Satanás.
Nesse sentido podemos escutar a primeira leitura que nos traz o diálogo de Deus com as figuras poéticas do primeiro homem e da primeira mulher, depois da queda. Este texto procura chamar-nos ao sentido da existência, deixando claro que todos somos chamados a não pactuar com o mal e a estar de sobreaviso diante das tentações do Maligno.
Na segunda leitura, acolhemos as duas grandes atitudes que qualificam o ministério de Paulo: a esperança de estar unido com Jesus na ressurreição tal como está na tribulação terrena e o desejo íntimo de estar em comunhão com os cristãos a quem anuncia o Evangelho de Jesus Cristo.
Ao longo desta semana, procuremos conhecer melhor Jesus Cristo para O seguirmos de modo mais autêntico nas várias situações quotidianas das nossas vidas.
Manuel Barbosa, scj
www.dehonianos.org